POLÍTICA
População de Bayeux se aglomera no enterro do ex-prefeito Expedito Pereira
Político foi assassinado à queima rua em avenida de João Pessoa.
Publicado em 11/12/2020 às 9:53
O corpo do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira (MDB), foi enterrado na tarde desta quinta-feira (10), em um cemitério do município. A solenidade casou aglomeração nas ruas da cidade, com a população que quis dar o último adeus ao político.
Expedito Pereira foi velado por quase 24 horas no hall da Prefeitura de Bayeux decretaram luto de três dias pela morte do médico, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira. Enlutados pela tragédia, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) também decretou luto pela morte do ex-parlamentar.
O político foi assassinado a tiros na manhã desta quarta-feira (9), no bairro de Manaíra, em João Pessoa. De acordo com informações do tenente Thierry, da Companhia Especializada em Apoio ao Turista (CearTur), Expedito Pereira estava caminhando a pé e sozinho quando o indivíduo que já estava o seguindo efetuou os disparos e foi embora. “Ao que tudo indica não foi tentativa de assalto. O acusado não desceu para tomar nenhum pertence da vítima. Ele só efetuou os disparos e foi embora”, afirmou.
A polícia descarta latrocínio e trabalha com três hipótese para o crime: dívidas, relacionamentos extraconjugais ou briga de trânsito. Em entrevista à TV Cabo Branco, Vitória Pereira, filha de Expedito Pereira, disse que ele não vinha sofrendo ameaças e desconhece a motivação do crime.
Expedito Pereira
Expedito Pereira chegou à cidade de Bayeux, com irmãos e pais, na década de 60, vindos de Bonito de Santa Fé, no Alto Sertão. Filho de comerciante e ex-vereador, envolveu-se em diversos movimentos católicos e fundou a primeira comunidade eclesial de base em Bayeux, em 1968.
Estudou na Escola Estadual de Cruz das Armas e no Lyceu Paraibano. Trabalhou como balconista e foi orador oficial do Sindicato dos Comerciários de João Pessoa. Foi um dos fundadores do primeiro grupo de jovens daquela cidade, em 1967. De 68 a 70 fez curso de diácono na Arquidiocese da Paraíba.
Em plena ditadura militar, integrou movimentos estudantis, quando foi preso, em 68, e solto depois da intervenção de dom Helder Câmara (já falecido). Em 1970 ingressou na UFPE, onde cursou Medicina. Também na universidade pernambucana fez o curso de biólogo.
Formado, voltou para Bayeux e foi secretário de Saúde de Santa Rita, de 1986 a 1988. Deixou o cargo para se candidatar a vice-prefeito de Lourival Caetano, eleito para mandato de 1989 a 1992. Em 1991 assumiu a diretoria do Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa. Com a morte de Caetano, assumiu o cargo de prefeito de Bayeux em 1992. Em seguida venceu as eleições para dois mandatos, administrando Bayeux entre 1997 a 2002.
No legislativo, Expedito Pereira foi suplente na legislatura 2007-2011, assumiu o mandato de deputado estadual em março de 2009 na vaga de Iraê Lucena, nomeada secretária estadual de Ação Governamental. Também foi vereador de Bayeux.
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