Pré-candidatos à prefeitura de João Pessoa 'fecham' filiações e ganham ruas

Com as filiações amarradas desde o último sábado, a política de aliança passou a ser o principal foco dos partidos em João Pessoa, especialmente aqueles com pré-candidatura à prefeitura da capital. E enquanto a campanha oficial não começa, os pré-candidatos investem em mídia espontânea, concedendo entrevistas e explorando o universo das redes sociais.

Candidato à reeleição, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) tem mantido a estratégia de não tratar publicamente de eleição. Enquanto isso, mantém uma agenda de inaugurações e vistorias a obras e serviços da prefeitura. Na conta do PSD, presidido na capital pelo irmão de Luciano, Lucélio Cartaxo, pelo menos sete partidos já aderiram ao projeto de reeleição de Cartaxo, (PRTB, SD, PP, PCdoB, PMN, PSDC e PHS). Embora os vereadores do PSDB permaneçam na base de Cartaxo na Câmara, ainda não há definição dos tucanos, exceto o fato de não lançarem candidatura própria.

O presidente do diretório municipal do PSD destaca o crescimento do partido desde o ingresso do prefeito Luciano Cartaxo na legenda. Nos últimos 60 dias, ele afirma, foram mais de 2,5 mil filiações. Embora seja o partido com a maior representatividade na Câmara - cinco vereadores e todos concorrendo à reeleição - o partido quer aumentar o número e para isso conta com uma lista de 41 pré-candidatos, que é o limite estabelecido pela legislação eleitoral. Integram a lista o ex-deputado Aníbal Marcolino, a ativista LGBT Fernanda Benvenutty e o cantor e compositor Pinto do Acordeon.

Já o PSB coloca na rua o seu grande trunfo: o governador Ricardo Coutinho, que passa a acompanhar o pré-candidato João Azevedo nas plenárias realizadas nos bairros. A ideia do partido, segundo o presidente do diretório municipal, Ronaldo Barbosa, é voltar aos bairros que visitou no primeiro ciclo das plenárias, em novembro e dezembro do ano passado, para apresentar sugestões, além de chegar àqueles que não foram visitados ainda.

Para disputar a Câmara de João Pessoa, o PSB formou uma chapa com 37 nomes. Entre eles, os ex-auxiliares de Ricardo Coutinho, Sandra Marrocos e Tibério Limeira. O desafio de tornar o secretário João Azevedo um nome conhecido dos eleitores não preocupa a direção do partido, que já tem agência e marqueteiro de campanha definidos. “É uma opinião que respeito, mas não vejo isso como dificuldade”, disse Barbosa.

Reforço dos postulantes à Câmara

Quem também tem pressa em colocar a campanha na rua e já trabalha com uma produtora especializada em marketing político é o deputado federal Manoel Junior, pré-candidato do PMDB. “A ideia é fazer uma pré-campanha intensa nas redes sociais, dentro dos limites da legislação”, disse o deputado, que preside a legenda na capital. Para se dedicar à campanha, o deputado deverá se afastar das atividades legislativas em Brasília. “Estou avaliando o momento ideal para isso”, disse. Na proporcional, o PMDB fechou a lista com 41 pré-candidatos, respeitando o percentual de 30% para um dos gêneros.

A pré-candidatura do deputado federal Wilson Filho também está mantida, com uma chapa proporcional que inclui o ex-deputado Major Fábio, o ex-secretário geral do partido Adalto Fernandes e Marco Bandeira, que já foi candidato pelo partido na eleição passada. “Saímos dessa etapa fortalecidos. São mais de 40 pré-candidatos - uma chapa muito competitiva proporcionalmente”, avaliou Wilson Filho.

No PT, Charliton Machado se afastou do comando do partido para se dedicar à campanha eleitoral. Ele tem conciliado o trabalho de bastidores com as ações em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.