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POLÍTICA

Prefeita diz que transposição é divisor de águas para Monteiro

Gestora vai cobrar da Cagepa o fim do racionamento de água na região.

Publicado em 10/03/2017 às 13:06

A prefeita de Monteiro, no Cariri, Ana Lorena (PSDB), disse nesta sexta-feira (10) que as obras da Transposição do Rio São Francisco são um divisor de águas na história da cidade. Ela também vai cobrar da Cagepa o fim do racionamento de água na cidade com a recarga do açude Poções, cujo volume atual é de 0,8% de sua capacidade total.

“A história de Monteiro será contada antes e depois da transposição. A chegada das águas vai ser a redenção da cidade que terá condições de atrair mais indústrias, proporcionar a criação de novas empresas e, principalmente, e aumentar a produção na agricultura. Água é desenvolvimento econômico , social e garante mais saúde”, frisou a tucana.
Ela ressaltou o empenho do presidente Michel Temer (PMDB) na conclusão do Eixo Leste, mas também dos ex-presidentes Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff, bem a ex-prefeita de Monteiro, Edna Henrique, senadores e deputados federais e estaduais. “Todos serão bem vindos a Monteiro ”, numa referência também a Lula. Para ela, a obra é do povo e de Deus.
Racionamento
Com oito mil residências, a zona urbana de Monteiro enfrenta um forte racionamento. Em média, só tem água uma vez por semana em cada casa, pois o Açude de Poções, que abastece a cidade está quase seco.
“Em poucos dias, o Açude Poções receberá um grande volume de água da Transposição do Rio São Francisco. Vamos pedir a Cagepa que acabe com racionamento e forneça diariamente água aos monteirenses”, adiantou Ana Lorena.
Agricultor diz que seis filhos foram para São Paulo por causa da seca
Desde a noite de quarta-feira (8), os mais de 33 mil habitantes de Monteiro, no Cariri paraibano, comemoram a chegada das águas da Transposição do Rio São Francisco. Aos 84 anos, o agricultor aposentado Francisco Amador Silva estava emocionado nesta sexta-feira (10).
“Por causa da seca, meus seis filhos há quatro décadas foram morar em São Paulo. Não tinha água para a plantação nem emprego. Hoje, tudo vai mudar com as águas da Transposição. Vamos ter água para beber e para a agricultura. Meus filhos não vão voltar para morar aqui, pois as famílias já estão constituídas, mas virão nos visitar e será uma grande festa”, comemora Dionísio.
O vigilante Edilson Rodrigues, 40, disse que a chegada das águas é uma dádiva divina. “Sofremos muito com a falta de água. Agora ela chegou, é uma benção de Deus. Teremos muita fartura”, ressaltou.
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Jornal da Paraíba

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