Prefeito da capital será eleito em 7 dias

O novo prefeito de João Pessoa será escolhido no próximo domingo. Mais do que um novo gestor, a decisão dos eleitores poderá decidir também o futuro da administração da cidade para os próximos quatro anos. Um dos principais instrumentos que os dois candidatos que continuam na disputa – Cícero Lucena (PSDB) e Luciano Cartaxo (PT) – têm em mãos para conquistar seu eleitorado é o plano de governo.

Para se orientar, qualquer cidadão pode entrar nos sites oficiais dos candidatos e ficar a par de suas propostas, ou ainda pesquisar na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “A forma mais barata disponível ao eleitor é o guia eleitoral, que é exibido no rádio e na televisão. Acompanhando o que dizem, é possível comparar as propostas, que muitas vezes se confundem devido ao trabalho prévio de consulta das necessidades da população”, explicou o cientista político Ítalo Fittipaldi.

Acompanhar o desempenho dos candidatos na mídia, especialmente em sua participação em entrevistas e debates entre si, também é apontada pelo cientista político como uma “estratégia interessante”. Segundo Ítalo, observando o confronto entre os postulantes, é possível ver o que de fato é propositivo e viável dentre as propostas apresentadas.

“Todo eleitor, por mais distante da política, tem perspectivas quanto à sua cidade, do que acha que deve ser prioridade em seu bairro, como a construção de um hospital, de uma escola.

Naturalmente, ao assistir ao debate, ele tem a oportunidade de comparar as propostas e ver a que mais está adequada a seus anseios”, comentou.

Apesar das semelhanças entre as propostas, Ítalo Fittipaldi disse que a atenção aos detalhes das propostas ainda é a ferramenta mais eficiente para que o eleitor escolha melhor seus representantes. “Exemplo aconteceu na campanha de São Paulo, que o candidato José Serra condenou o 'kit gay' a ser inserido nas escolas por Haddad. No entanto, ele acabou sendo desmentido quando o guia do PT mostrou imagens de Serra lançando, quando governador, um kit semelhante”, disse. “É bom que o eleitor entenda que, por mais que o candidato da sua preferência não esteja mais na disputa e ele pretenda votar nulo ou branco, acompanhar as propostas para tentar escolher entre um dos postulantes é muito importante para o exercício da democracia. Afinal, o eleito é quem deverá administrar a sua cidade nos próximos quatro anos e quem se mantém alheio ao processo não pode questionar”, orientou Fittipaldi.