POLÍTICA
Prefeito deu cargo a ex-vereador, mas nega a compra de mandato
No dia 14 de junho deste ano, Erinaldo assinou e registrou em cartório uma declaração pública, atestando que vendera o mandato a Israel por R$ 35 mil e mais um emprego na Prefeitura.
Publicado em 29/09/2010 às 16:19
Josusmar Barbosa
Do Jornal da Paraíba
O prefeito de Prata, Marcel Nunes, revelou ontem (28) que deu emprego no Executivo Municipal a José Erinaldo de Sousa (PRP), mais conhecido por Bobô, após ele ter renunciado ao mandato de vereador. No entanto, o gestor refutou as denúncias de que a contratação estivesse no pacote da compra do mandato por R$ 35 mil do ex-vereador para que o primeiro suplente Israel Simões de Araújo (DEM) assumisse uma cadeira na Câmara Municipal. O democrata já tinha negado a compra do mandato.
No dia 14 de junho deste ano, Erinaldo assinou e registrou em cartório uma declaração pública, atestando que vendera o mandato a Israel por R$ 35 mil e mais um emprego na Prefeitura. O segundo suplente Ginaldo Batista (PRP) entrou com um mandado de segurança na Justiça Comum, pedindo a cassação de Israel.
“Essas denúncias são fruto da briga de Israel e Ginaldo pelo mandato de José Erinaldo e se arrastam há vários meses. Como estamos próximos às eleições, eles voltaram à tona”, explicou o prefeito.
Todavia, Marcel Nunes revelou que após Erinaldo renunciar ao mandato, em julho de 2009, o procurou pedindo um emprego, pois enfrentava problemas financeiros. Marcel Nunes, então, nomeou “Bobô” como prestador de serviço, ganhando pouco mais de R$ 500.
Salários
O prefeito não soube explicar por que Erinaldo trocou um salário de R$ 1.600 de vereador por um um emprego na Prefeitura com um terço do valor. Apenas comentou que o ex-vereador enfrentava problemas com pensão alimentícia.
O prefeito Marcel ainda acrescentou que, após um ano prestando serviço na Prefeitura, José Erinaldo foi demitido em agosto deste ano, juntamente com os demais funcionários não concursados por determinação do Ministério Público Estadual.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA mais uma vez procurou o ex-vereador José Erinaldo para falar sobre o caso, mas ele não foi encontrado. Por fim, o prefeito Marcel Nunes lembrou que a Justiça, na primeira instância, não acatou a ação do segundo suplente Ginaldo Batista para assumir na Câmara.
Ginaldo, por sua vez, alega que na época não tinha em mãos a declaração pública de Erinaldo, atestando a venda do mandato. “Eu apelei para o Tribunal de Justiça e já anexei o documento registrado em cartório”, explicou Batista.
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