POLÍTICA
Prefeito exonera 110 em Soledade
Prefeito disse que cofres estão vazios e não tem previsão de pagamento da folha de setembro dos servidores municipais.
Publicado em 01/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:47
No primeiro dia útil de trabalho, o novo prefeito de Soledade, no Agreste da Paraíba, Flávio Aureliano (PTC), exonerou 110 detentores de cargos comissionados e nomeou apenas seis secretários e seis adjuntos para economizar, por enquanto, recursos. Ele disse que não encontrou recursos nas contas da prefeitura e não tem previsão de pagamento dos salários dos servidores, referente ao mês de setembro.
“Encontrei as contas da prefeitura sem nenhum recurso pois rasparam o tacho e não tem dinheiro para pagar os salários de setembro nem aos fornecedores. Além disso, deixaram um rombo de R$ 2 milhões no Instituto de Previdência Municipal”, frisou Flavinho, como é mais conhecido o gestor. Ele acrescentou que vai relatar como recebeu a prefeitura ao Ministério Público e também ao Poder Judiciário, além de pedir uma auditoria ao Tribunal de Contas do Estado.
O vereador Lourival Delfino (PTB), que assumiu interinamente a prefeitura, disse que deixou as contas do Município equilibradas e com recursos para pagar a folha do funcionalismo com recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Flavinho tomou posse no domingo, pela manhã, na sede do Poder Legislativo Municipal, sem a presença da bancada da oposição, onde a única exceção foi o vereador Reginaldo Falcão (PT), presidente interino da Câmara. O prefeito e o vice Beto de Manoca (PSB) optaram por falar no evento público que foi realizado durante a noite, na quadra do Clube Recreativo de Soledade, uma vez que a população não teve como participar do ato na Câmara Municipal.
MUNICÍPIO TEM 5 GESTORES EM APENAS DOIS ANOS
Em dois anos, Soledade teve cinco prefeitos. Em setembro de 2011, o então prefeito José Ivanildo Gouveia (PR) foi cassado por improbidade administrativa, e assumiu seu vice, José Bento Leite do Nascimento (PT).
Em outubro de 2012, o petista foi reeleito. No entanto, o Tribunal Regional Eleitoral, em 28 de junho deste ano, afastou-o por uso da máquina administrativa. O presidente da Câmara, Lourival Delfino (PTB), assumiu a prefeitura.
Dias depois, o vereador Genival Neto (PTdoB) conseguiu uma liminar para tomar posse como prefeito. Cerca de 48 horas depois, Lourival derrubou a decisão e retornou ao cargo até a eleição, que elegeu Flavinho Aureliano.
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