POLÍTICA
Prefeitos cobram apoio técnico do governo para fazer projetos
Em reunião na Famup, prefeitos disseram não ter apoio técnico do governo estadual para elaborar projetos contra a seca.
Publicado em 23/05/2012 às 6:30
Prefeitos de municípios da Paraíba atingidos pela seca alegam estar sem apoio técnico do governo do Estado para elaborar o plano de trabalho que deve ser encaminhado ao Ministério da Integração para obtenção de recursos de R$ 2,7 milhões para atender às vítimas de estiagem. As críticas foram apresentadas ontem, durante reunião realizada pela Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), no auditório do Sebrae-PB, em João Pessoa.
O prefeito de Água Branca, José de Dorinha, criticou o descaso com as prefeituras que não dispõem de recursos para combater a estiagem. “Sabemos que há reuniões para compartilhar dos problemas, mas, infelizmente as soluções de quem está com sede não podem demorar tanto. Ainda não ouvimos nenhuma ação do governo do Estado, a não ser aqueles 10 centavos do leite. Já deveria ter sido tomada uma atitude, independente dos recursos federais”, disse.
Quem também questionou a falta de atenção com os municípios assolados pela seca foi o prefeito de Ouro Velho, Inácio Júnior.
Segundo ele, “a lista de necessidades é grande. Precisamos de carros-pipa, de retroescavadeiras, mas se Deus mandar uma chuva para o Cariri amanhã, o governo arquiva tudo e vão pensar em aplicar esses recursos em outra coisa porque é assim que nos tratam. Passa ano e entra ano e é assim que somos tratados”, desabafou. O prefeito de Picuí e presidente da Famup, Buba Germano, reforçou o apelo para que os gestores encaminhem o mais rápido possível a documentação necessária à equipe técnica do comitê para construir as ações de abastecimento de água e outras políticas públicas federais. “É preciso que cada prefeito formalize propostas coerentes com as necessidades de cada região, como subsídio para implementação das medidas anunciadas pelos governos federal e estadual”, explicou.
Segundo o secretário de Infraestrutura, Efraim Morais, a prioridade principal é abastecimento de água para o consumo humano e animal. "Dos 170 municípios em estado de emergência, apenas 90 completaram a sua documentação. Estes certamente receberão os auxílios primeiro”, disse.
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