POLÍTICA
Prefeitos de duas cidades vão responder ação penal no TJ
Prefeitos de Tavares e Cajazeirinhas são acusados de irregularidades em licitações.
Publicado em 26/01/2012 às 9:54
O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba, em sessão ordinária, realizada nesta quarta-feira (25), recebeu, por unanimidade, denúncias contra os prefeitos José Severino de Paulo Bezerra da Silva e José Almeida da Silva, respectivamente, dos municípios de Tavares e Cajazeirinhas, acusados pela prática de irregularidades em processos licitatórios.
Os membros da Corte também decidiram pela permanência dos gestores nos cargos, até o julgamento dos processos de Notícias Crime, movidos pelo Ministério Público.
José Severino é acusado de ter beneficiado uma única empresa na promoção de festas, enquanto que José Almeida está sendo responsabilizado pela prática continuada de crimes e formação de quadrinha. Foram relatores os desembargadores Luiz Silvio Ramalho Júnior e Arnóbio Alves Teodósio.
Consta no processo que o prefeito José Severino de Paulo beneficiou uma única empresa, responsável pela apresentação de todas as bandas musicais nas três grandes festas promovidas pelo Município de Tavares (Reveillon, Carnaval e Festa do Feijão), não realizando, durante o exercício de 2009, qualquer procedimento licitatório, indispensável para a contratação da estrutura logística das festividades, nem tão pouco os serviços de apoio ao evento, como palco, sonorização, iluminação, gerador, tendas, banheiros químicos, segurança e divulgação.
Já em relação ao prefeito de Cajazeirinhas, José Almeida Silva, segundo observou o relator, as acusações precisam ser apuradas. Ao fazer a denúncia, o MP destaca as irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado, e contata na denúncia, veementes indícios de formação de quadrilha especializada na prática permanente e continuada de crimes licitatórios para frustração de obras e serviços de engenharia no município.
Além do prefeito, estão envolvidos também Carlos Antônio Nóbrega Farias , Arabela Nóbrega Farias e Sebastião Carlos de Araújo Farias, enquadrados nas sanções do código penal.
Informa o processo que, das 16 licitações realizadas nos anos de 2005, 2006 e 2007, 15 destas foram ganhas pelas empresas CONSTAT - Construções e Assistência Técnica Ltda e Empreiteira Nóbrega Ltda.
Os documentos do sistema Sagres, do Tribunal de Contas, demonstram que a primeira empresa é de propriedade de um dos envolvidos. A segunda pertence a um filho e à esposa do quarto denunciado. As empresas alternavam-se na realização de obras e serviços naquela municipalidade.
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