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POLÍTICA

Prefeitos municipais governam 'no passado', diz especialista

Para o cientista político Jaldes Meneses, municípios estão mais atados ao passado do que ao futuro e possuem desafios imensos daqui para frente.

Publicado em 15/12/2013 às 8:00 | Atualizado em 11/05/2023 às 15:28

Há um mês, a população de Cabedelo vivenciou um fato histórico na política do município: a renúncia do então prefeito Luceninha (PMDB). O gesto inesperado pegou os quase 60 mil habitantes de surpresa e chamou atenção para a situação problemática do município, que custa a se desenvolver, é carente de obras estruturantes e possui índices preocupantes de violência. A situação não é diferente nos municípios de Santa Rita e Bayeux, que também integram a região metropolitana de João Pessoa, mas vivem à margem do desenvolvimento e prosperidade da capital. Para o cientista político Jaldes Meneses, esses municípios estão mais atados ao passado do que ao futuro e possuem desafios imensos daqui para frente.

De acordo com Jaldes Meneses, embora tenham características diferentes, os municípios possuem traços de identidade semelhantes e um histórico em comum: "São municípios marcados por uma política populista e assistencialista. Nesses municípios, os partidos não são muito organizados, não há agremiações partidárias densas", afirmou. O analista ainda ressalta que, neste momento, não há representações fortes desses municípios nas casas legislativas estadual (Assembleia) e federal (Câmara), além de atuação tímida dos movimentos sociais organizados. "Os movimentos são muito frágeis, tênues. Em Santa Rita, recentemente, se viu alguma coisa relacionada ao transporte público e ao passe livre, mas é algo pontual", exemplificou.

Jaldes também destaca uma grande faixa de pobreza e subemprego nesses municípios e um perfil mais ligado ao passado do que ao futuro. "São municípios muito carentes, onde há uma política assistencialista muito grande. Santa Rita, por exemplo, é marcada pela usina de cana de açúcar, que é uma estrutura mais voltada ao passado do que ao futuro. Conserva ainda uma parte aristocrática, mas é decadente como atividade econômica", pontuou.

De acordo com o último Censo, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 43% da população ocupada nos municípios de Bayeux e Santa Rita trabalham na informalidade. Isso representa 16.513 trabalhadores em Bayeux e 18.632 em Santa Rita. Em Cabedelo, a informalidade está presente em 36,11%.

O Mapa da Violência - estudo divulgado em julho pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais - mostra Cabedelo e Santa Rita entre os 30 municípios brasileiros mais violentos do país, ocupando o 4º e o 27º lugar, respectivamente. Bayeux também aparece na lista, em 180º. Os municípios também encontram problemas na educação, com altas taxas de analfabetismo: 18,71% (Cabedelo), 22,58% (Bayeux) e 27,48% (Santa Rita).

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Jornal da Paraíba

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