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POLÍTICA

Prefeitos são disputados 'à tapa' pelos partidos nas eleições de 2018

Com novas filiações, PMDB, PSB e PSDB projetam ganhar maioria dos municípios de olho no futuro pleito.

Publicado em 27/03/2016 às 8:00

A janela para troca de partidos acabou, mas as siglas na Paraíba continuam até o próximo sábado (2) a disputa por filiações de prefeitos, vices, vereadores e ex-prefeitos com vistas às eleições municipais deste ano. PSB e PMDB travam um duelo à parte pelo ingresso das lideranças, vislumbrando uma briga pelo comando da maioria das cidades paraibanas no pleito de outubro.

Nas eleições de 2012, o PMDB elegeu 58 prefeitos e já perdeu alguns deles para o PSB, a exemplo de Eduardo Dantas (Cubati), Gervázio Gomes (Bernardino Batista) e Márcia Mousinho (Sertãozinho). Já o prefeito de Juazeirinho, Joanilton Fernandes, fez o caminho inverso. Deixou o PSB e se filiou ao PMDB a convite do presidente estadual da legenda, senador José Maranhão. Dirigente da Executiva Estadual do PMDB, Antonio Souza adianta que novos gestores ainda vão ingressar na legenda ainda esta semana. “O PMDB perdeu poucos prefeitos, mas está sendo reforçado para eleições deste ano. É o único partido que tem direção em todos os municípios, seja por meio de diretórios ou comissões provisórias”, explicou Souza.

Ele acrescentou que a meta da sigla é eleger 75 prefeitos, incluindo as maiores a exemplo de João Pessoa, com o deputado federal Manoel Junior, e Campina Grande, com o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB). Em Patos, vamos reeleger a prefeita Francisca Motta e André Gadelha, em Sousa”, assinalou Antonio Souza.

O peemedebista ainda destacou que a legenda terá Vituriano de Abreu, em Cajazeiras, e candidatos fortes em Guarabira, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Catolé do Rocha, Araruna, Sumé e Taperoá. “Vamos sair mais fortes ainda nestas eleições, já pensando no pleito de 2018”, frisou o dirigente, que não descarta a possibilidade de o PMDB disputar o governo do Estado.

Ao ser indagado se José Maranhão poderá concorrer ao Palácio da Redenção, Antonio Souza diz que a priori não, mas vai depender da conjuntura. “Saindo o PMDB bem nas eleições deste ano e o povo convocar José Maranhão, ele pode se candidatar ao governo, quem sabe”, comentou.

PSB

No pleito de 2012, o PSB saiu das urnas com 38 prefeitos, 24 a menos que o PMDB. Três anos após a posse dos gestores, os socialistas chegaram a 58 e ultrapassaram os peemedebistas, que tiveram algumas defecções. Também de olho no pleito de 2018, o projeto do PSB é eleger 116 prefeitos no pleito de outubro.

No encontro estadual do partido, no final do mês passado, em João Pessoa, o presidente do PSB, Edvaldo Rosas, apresentou uma relação de 157 pré-candidatos a prefeitos em municípios paraibanos, incluindo os municípios de João Pessoa, com o engenheiro João Azevedo, e em Campina Grande, com a candidatura do deputado estadual Adriano Galdino.

Coube ao presidente de honra da legenda, o governador Ricardo Coutinho, adiantar o projeto da legenda. Ele destacou que o partido tem uma longa caminhada pela frente e precisa continuar mudando a Paraíba e, isso, passa necessariamente pelos municípios.

O PSB também se reforçou de prefeitos de outras legendas, além do PMDB. Dentre eles, estão os gestores Fabian Dutra Silva (ex-PR), de Barra de Santa Rosa, e José Tadeu (ex-PSC), de Lagoa Seca, bem como Douglas Lucena (ex-PPS), em Bananeiras. Os socialistas também receberam a filiação do deputado Zé Paulo, que deixou o PCdoB. Ele vai concorrer pelo PSB à prefeitura de Santa Rita. Em Sousa, a legenda terá como candidato ao Executivo o ex-prefeito Fábio Tyrone (ex-PTB).

PSDB e PTB reforçam time para a disputa

No pleito municipal passado, o PSDB elegeu 27 prefeitos e direção estadual garante que a maioria se manteve no partido, além de receber mais de 50 novas lideranças, incluindo prefeitos. Na relação, está a prefeita de Puxinanã, Lúcia Aires, que deixou o PSB. O ninho tucano também ganhou recentemente o prefeito de Santa Luzia, Ademir Morais, que deixou o DEM. Ambos a convite do senador Cássio Cunha Lima. Por estratégia política, os nomes das demais lideranças que vão concorrer a prefeito, vice e vereador vão ser divulgados em abril, após o fechamento do cadastro de filiados, revelou o presidente estadual do PSDB, ex-deputado Ruy Carneiro.

O PTB ganhou vários prefeitos, dentre eles, Cláudio Chaves (ex-PMN), de Pocinhos, e Lucrécia Adriana Dantas (ex-PMDB), de Joca Claudino. No PSD, a filiação de peso ocorreu no ano passado com o ingresso do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que deixou o PT. O presidente estadual do PSD, deputado federal Rômulo Gouveia, vai organizar um evento no dia 2 de abril, em João Pessoa, com o objetivo de apresentar novas filiações ao partido. Também prometem apresentar novas filiações de pré-candidatos na próxima semana o PP, DEM, PDT, PT do B, SD, PT e PC do B, entre outras legendas.

Prazo

Diversas mudanças foram trazidas pela Reforma Eleitoral 2015 (Lei n° 13.165/2015) e que passam a valer a partir das Eleições 2016. Uma delas é a alteração do prazo final para a filiação partidária, que, pela nova redação, será de até seis meses antes do pleito. Portanto, quem quiser concorrer às eleições deverá estar com a filiação deferida pela legenda até o dia 2 de abril, já que, neste ano, o primeiro turno das eleições ocorrerá no dia 2 de outubro.

A filiação partidária é o ato pelo qual um eleitor aceita, adota o programa e passa a integrar um partido político. Esse vínculo que se estabelece entre o cidadão e o partido é condição de elegibilidade. Nesta semana, a Corregedoria Geral Eleitoral publicou o provimento nº 05/2016, com o cronograma dos procedimentos internos, no sistema Filiaweb, que incluem desde a oficialização das listas de filiados – com prazo até 14 de abril, até a decisão final das duplicidades e o registro no sistema.

Os órgãos partidários regionais ou municipais, responsáveis pelo gerenciamento das filiações, têm até o dia 14 de abril, para tornar oficiais as listas de filiados, submetendo-as ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Jornal da Paraíba

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