Presidente do PCB na PB diz que advogado será destituído dos autos

Phelipe Caldas

O presidente estadual do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Antônio Trajano de Carvalho, entrou neste sábado (6) na polêmica envolvendo o advogado Américo Gomes de Almeida, que ingressou com um recurso junto ao TSE pedindo novas eleições na Paraíba. Ele admitiu que Américo estava habilitado para atuar nos autos do processo, mas que depois desta atitude ele será imediatamente destituído.

O PCB é o partido autor do processo que pede a cassação do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e do vice-governador José Lacerda Neto (DEM) e pede que o segundo colocado nas eleições estaduais, o senador José Maranhão, assuma a chefia do executivo estadual.

Mas segundo o presidente comunista, no momento em que Américo Gomes for destituído como um dos advogados do PCB no processo, ele perde a competência para entrar com recursos em nome da legenda, o que faria com que este requerido por ele, pedindo novo pleito no Estado, fosse anulado.

“Ele agiu sem a anuência do partido e por isto não tem autoridade para falar em nome do PCB. Ele será destituído até a terça-feira (9) e tudo volta aos ritos normais”, esclareceu.

Questionado sobre o que teria levado o advogado a fazer um recurso que ia de encontro com o que o PCB vem lutando há mais de dois anos, Trajano disse que preferia não fazer nenhum juízo de valor.

“Faz dias que não converso com o advogado. Tentei dialogar com ele e o telefonei várias vezes, mas sempre sem sucesso. Prefiro não comentar nada antes de conversar com ele e perguntar diretamente em que ele estava pensando ao fazer o que fez”, destacou.