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POLÍTICA

Procuradoria vai à Justiça para evitar lixo eleitoral nas ruas no 2º turno

Órgão entrou com representações contra as coligações 'A Vontade do Povo' e 'A Força do Trabalho' e pediu aplicação de multa de R$ 10 mil.

Publicado em 24/10/2014 às 14:25

A Procuradoria Regional Eleitoral na Paraíba (PRE-PB) entrou com duas representações na Justiça Eleitoral contra as coligações 'A Vontade do Povo' e a 'A Força do Trabalho' para garantir que elas não despejem em vias públicas material de campanha, como panfletos e santinhos, durante o o segundo turno das eleições, no domingo (26).

O órgão pede que seja fixada uma multa de R$ 10 mil para cada ponto em que for constatada a existência de material nas vias públicas, a ser aplicada em dobro caso o local esteja na mesma quadra de lugar de votação. A ação foi motivada pelo cenário do dia 5 de outubro, durante o primeiro turno, quando várias cidades tiveram as ruas tomadas por material de campanha.

Foi pedido também que as coligações promovam, até o final do dia da votação, a limpeza dos pontos em que for constatada a referida situação, sob pena de nova multa nos mesmos valores. Conforme o procurador regional eleitoral Rodolfo Alves Silva, a “situação está longe de ser inédita e foi objeto de diversas notícias veiculadas na imprensa, como consta no procedimento extrajudicial instaurado pela PRE, sem contar as notórias reclamações por parte dos paraibanos sobre a questão. Como se trata de prática habitual, tudo indica que se repetirá por ocasião do segundo turno, causando novamente grande transtorno para todo o Estado”.

Para a PRE, a conduta de deixar a propaganda espalhada pelas ruas visa, via transversa, burla a legislação eleitoral, mais especificadamente o artigo 39, parágrafo 5º, inciso II, da Lei n.º 9.504/97 (Lei Geral das Eleições), na medida em que se equipara à propaganda de boca de urna. A conduta ilícita “causa uma série de transtornos às cidades, gerando gastos públicos adicionais para que possa haver a posterior limpeza, prejudicando o sistema de drenagem de águas pluviais e gerando o risco de acidentes pessoais e, inclusive, de entupimento da rede de esgoto, caso venha a cair nos bueiros”, ressalta o Ministério Público.

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Jornal da Paraíba

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