Professores em greve ocupam galerias da Câmara de João Pessoa em protesto

Os professores e servidores da rede municipal de ensino ocuparam as galerias da Câmara Municipal de João Pessoa em protesto na manhã desta terça-feira (24). A categoria foi pedir o apoio dos vereadores nas reivindicações junto à prefeitura e uma proposta de audiência pública para discutir a situação chegou a ser colocada em votação, mas não foi aprovada. O ar-condicionado da área em que os professores estavam chegou a ser desligado para forçar a desocupação do local.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município (Sintem), Daniel de Assis, o ato na Câmara foi para pedir a intervenção dos vereadores. “Pedimos que nossas reivindicações possam ser enviadas de forma propositiva. Tivemos uma reunião ontem [segunda] e o prefeito apresentou a mesma proposta de 3%, ou seja, não avançou”, afirmou.

O requerimento de audiência pública foi apresentada pelo vereador oposicionista Lucas de Brito (DEM). O líder da bancada governista, Marco Antônio Queiroga (PPS), orientou o bloco a votar contra e com isso a proposta só teve o voto favorável do próprio autor, de Renato Martins (PSB) e de Raoni Mendes (PDT). A votação ocorreu de forma aberta.

A reprovação do requerimento gerou a revolta dos professores. Eles miraram a ira principalmente em Benilton Lucena (PT), que faz parte da categoria, e no líder do governo, que foi bastante vaiado.

Na segunda-feira (23), os servidores fizeram uma nova assembleia e decidiram pela manutenção da greve. Durante a noite, o Sintem se reuniu com Luciano Cartaxo, que manteve a proposta de reajuste de 3%, sendo que a categoria cobra 16%.

O gestor garantiu ainda que formará uma comissão para analisar as outras reivindicações dos servidores. Por sua vez, o presidente do sindicato, Daniel de Assis, informou que uma nova assembleia vai se realizada na próxima segunda-feira (30).