PSD reforça bancadas de nove governadores, incluindo a Paraíba

Da Redação

Reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo revela que o PSD vai reduzir a oposição nas Assembleias e fortalecer os governadores. Segundo a matéria, em ao menos nove Estados, deputados de partidos oposicionistas devem passar a apoiar os governadores. "Com isso, os Executivos poderão aprovar projetos e barrar CPIs com mais facilidade", revela a reportagem.

A Folha diz ainda que a migração para o PSD também "regulariza" a situação de alguns deputados de oposição que, na prática, já vêm apoiando governadores e cita o caso da Paraíba. Segundo o jornal, a migração é incentivada pelo governo da Paraíba, onde o líder do PSD é o vice-governador Rômulo Gouveia, de saída do PSDB. O partido contará em sua bancada na Assembleia Legislativa com os deputados Wilson Braga (PMDB), Manoel Ludgério (PDT) e Eva Gouveia (PTN).

A mudança mais forte se dá na Bahia. Dez ex-oposicionistas devem ir para o PSD, vindos sobretudo de DEM e PMDB, elevando a base do governador Jaques Wagner (PT) para 49 das 63 cadeiras.

No Rio, o PSD deve ficar com a maior bancada da Assembleia: 12 deputados. Desses, cinco deverão vir da oposição. O novo partido irá minguar o PR de Anthony Garotinho, adversário do governador Sérgio Cabral (PMDB). "O que o Garotinho tem com o governador é uma briga pessoal. Ele faz uma oposição cega", afirma o deputado Roberto Henriques (PR).

Quem deve presidir o PSD fluminense é o ex-deputado federal Indio da Costa, que foi a candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB).

No Ceará, sob a bênção do governo Cid Gomes (PSB), o PSD enfraquecerá o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB): são tucanos cinco dos seis deputados que irão para o PSD.