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POLÍTICA

PSDB e PT ignoram divergências em Brasília e se aliam em municípios

Adversários “mortais” em Brasília, PT, PSDB, DEM e PPS são aliados em vários municípios da Paraíba e já discutem as composições para 2016.

Publicado em 12/07/2015 às 8:01 | Atualizado em 07/02/2024 às 12:23

Adversários “mortais” em Brasília, PT e PSDB, DEM e PPS são aliados em vários municípios da Paraíba e podem reproduzir essas coligações nas eleições para prefeito no próximo ano com o objetivo de conquistar ou manter o poder local. Enquanto no Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB) culpa o governo do PT pela crise econômica do país e pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff (PT), a maior liderança do PT no Estado, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, articula a manutenção dos tucanos no seu governo e no seu palanque para o pleito do próximo ano.

Nas eleições de 2012, Cartaxo fez aliança com o PPS, do vice-prefeito Nonato Bandeira e derrotou nas urnas os demais candidatos, Cícero Lucena (PSDB), Estelizabel Bezerra (PSB) e José Maranhão (PMDB), entre outros. No pleito de 2014, Luciano apoiou a chapa encabeçada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), tendo como candidato ao Senado, Lucélio Cartaxo (PT), que foi derrotado e preside hoje a Companhia das Docas.

Para 2016, com a possibilidade de o PSB lançar um candidato próprio à Prefeitura de João Pessoa, Luciano busca garantir a presença dos tucanos em seu palanque com um discurso de agregação e da não verticalização das alianças nacionais nos municípios. “Eu procuro fazer política somando, agregando, debatendo e dialogando. Apesar de ter uma divergência enorme no plano nacional, nós temos três vereadores do PSDB dando apoio desde o primeiro dia do nosso governo”, afirmou Cartaxo, numa referência aos vereadores Marcos Vinícius, secretário de Comunicação da PMJP, Eliza Virgínia e Luis Flávio. Um eventual apoio do PSDB no próximo ano inviabilizaria uma candidatura própria tucana ao Executivo pessoense ou uma aproximação com o deputado Manoel Júnior, pré-candidato a prefeito pelo PMDB.

BOIADA
Quem torce pela aliança entre PT e PSDB em João Pessoa é o presidente do PT de Campina Grande, Peron Japiassu. “Vou recorrer a um ditado popular. Por onde passa um boi, passa uma boiada. Abrindo um caminho em João Pessoa, abre um leque em Campina”. O prefeito Romero Rodrigues está de braços abertos para receber o PT.

Girassóis e tucanos vão mudar de palanque

O PSB marchou junto com o PSDB em muitas cidades nas eleições de 2012 na Paraíba, em virtude da aliança formada em 2010 entre os dois partidos, quando foram eleitos Ricardo Coutinho para o governo do Estado e Cássio Cunha Lima ao Senado Federal. Entre os municípios, Campina Grande, Catolé do Rocha, Cajazeiras, Areial e Guarabira. Em 2014, Ricardo e Cássio se enfrentaram nas urnas para o governo. A disputa vai refletir no pleito municipal do próximo ano.
Em Campina, o PSB apoiou em 2012 o tucano Romero Rodrigues. Em 2016, o partido girassol fará aliança com o PMDB, do deputado Veneziano Vital do Rêgo, terá um postulante ao Executivo campinense. Em Guarabira, o PSB não apoiará a reeleição de Zenóbio Toscano (PSDB) e deve marchar em chapa própria ou fazer coligação com o PMDB, de Roberto Paulino. Por sua vez, a prefeita Denise Araújo (PSB) não receberá o apoio do PSDB no pleito de 2016.

]No plano nacional, o PSB rompeu em 2013 com o governo Dilma Rousseff (PT) e lançou a candidatura a presidente de Eduardo Campos, que faleceu em agosto de 2014. Os socialistas então lançaram Marina Silva, que não foi para o segundo turno. Na segunda etapa do pleito, o PSB decidiu apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) contra Dilma. Na Paraíba, se deu o inverso. Por conta da disputa contra Cássio, o governador Ricardo Coutinho apoiou Dilma e mantém este apoio até hoje.

Análise da Notícia

Cientista afirma que coligações municipais são
feitas por instinto de sobrevivência e oportunismo

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Fábio Machado, a falta de verticalização das coligações nacionais com as eleições municipais mostra que as alianças locais são motivadas pelo instinto de sobrevivência política, oportunismo e carência de ideologia partidária.
“No país, não existe fidelidade partidária e não há alinhamento ideológico entre as legendas que formam as coligações. O que vale é interesse pessoal, familiar e paroquial, pautando as lideranças. Por isso, em cada cidade é formalizada uma coligação diferente. Os programas e estatutos dos partidos são para inglês ver”, afirmou
Ele lembra que nos países desenvolvidos, as lideranças são fieis aos estatutos e programas partidários. Fábio cita que, se o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciasse em rede nacional que estava deixando o Partido Democrata, abandonando suas bandeiras de luta e linha ideológica, para se filiar ao Republicano, ele estaria acabado politicamente, pois seria repudiado pelos eleitores das duas legendas. Fato idêntico ocorreria na França se o presidente François Hollande deixasse o Partido Socialista para ingressar em outra legenda. “No Brasil, quase nada aconteceria, pois a troca de sigla é um fato corriqueiro, devido à fragilidade das instituições, entre elas, as legendas partidárias”, ressaltou o cientista político.

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Jornal da Paraíba

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