POLÍTICA
PT e PL apostam em polarização na eleição municipal em João Pessoa
A tese está baseada em levantamentos feitos em âmbito nacional, que mostram uma resiliência do eleitorado brasileiro em relação ao sentimento político que tiveram no último pleito, em que o país ficou extremamente dividido.
Publicado em 02/01/2024 às 15:20 | Atualizado em 02/01/2024 às 16:16
Protagonistas das eleições presidenciais de 2022, os partidos do presidente Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apostam que a polarização nacional deve se refletir nas eleições municipais de 2024, em João Pessoa. A tese está baseada em levantamentos feitos em âmbito nacional, que mostram uma resiliência do eleitorado brasileiro em relação ao sentimento político que tiveram no último pleito, em que o país ficou extremamente dividido.
Na paraíba, os eleitores vão às urnas em 223 municípios, e a expectativa desses partidos é que a polarização se repita nas maiores cidades do estado, a exemplos da Capital e de Campina Grande.
Para os dirigentes dessas legendas, o espaço do debate eleitoral será pautado, tanto por assuntos que permeiam o dia a dia dessas cidades, a exemplos de desafios nas áreas da saúde, educação, mobilidade urbana e economia, quanto pelo ingrediente ideológico.
Em entrevista à CBN Paraíba, nesta terça-feira (02), o presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, disse não ter dúvidas sobre a influência dessa polarização na campanha eleitoral, o que leva a legenda a desenvolver sua estratégia baseada no cenário de acirramento ideológico. "Eu não tenho a menor dúvida que será uma eleição extremamente polarizada. Na minha opinião, o campo progressista deve compreender a importância dessa eleição, que é a porta de abertura da eleição de 2026", disse.
O sentimento também é compartilhado pela direita. Também em conversa com a CBN, o ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga, que é pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa, lembrou das votações obtidas por Bolsonaro na cidade e afirmou "não ter dúvidas" de que a polarização vai interferir no resultado das eleições. "Vamos mostrar como é a forma de gestão do governo liberal, posta em prática no governo Bolsonaro, e a forma de gestão desses partidos de esquerda, que primam por uma máquina inchada e ineficiente", disse.
Um dos levantamentos mais recentes mostram que o sentimento de polarização está "calcificado" no país. Em dezembro ano passado, um levantamento da Genial/Quaest mostra que 88% do eleitorado afirma categoricamente não se arrepender do voto. Entre eleitores que dizem ter optado pelo petista no segundo turno, o grau de convicção no voto chega a 92%, enquanto 93% dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmam não ter se arrependido.
Clique aqui e ouça as declarações de Jackson Macêdo e Marcelo Queiroga na CBN
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