Raniery vai assediar Gonçalves para bancada da situação na AL

Phelipe Caldas

O deputado estadual Raniery Paulino, líder do PMDB no legislativo paraibano, está de viagem marcada para Belém, no estado do Pará, onde participa amanhã de um encontro da União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale). O inusitado na questão, no entanto, é que ele viaja em companhia do tucano João Gonçalves, e nesta terça-feira (17) o peemedebista admitiu que vai aproveitar a viagem e a permanência fora da Paraíba para assediar João a compor a bancada de sustentação do governador José Maranhão (PMDB) na Assembleia.

Bem humorado, Raniery Paulino disse que terá muito tempo para conversar com o colega de parlamento sobre as questões políticas na Paraíba desde a cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB). Mas não escolheu meias palavras ao falar da abordagem que fará a João Gonçalves.

“Vou assediá-lo para compor a bancada governista na Assembleia Legislativa da Paraíba”, afirmou Raniery que na semana passada estava com discurso montado com toda bancada situacionista de que não havia interesse em recrutar deputados da oposição com objetivo de ter maioria na AL.

A intenção do líder peemedebista em conversar com Gonçalves acontece no mesmo dia em que o tucano surpreendeu a todos ao fazer declarações simpáticas a Maranhão.

Após audiência com o governador, João Gonçalves arriscou um trocadilho com seu slogan de campanha nas eleições municipais de João Pessoa e a adaptou para a nova realidade estadual. “Agora é Zé para cuidar da gente”, arriscou o peessedebista.

Naquela oportunidade, João Gonçalves disse também que não se furtaria a votar em projetos do governador José Maranhão (PMDB), se estes estiverem em consonância com os “anseios do povo paraibano”.

Clima na Assembleia – O deputado estadual Ranieri Paulino, após falar da conversa que terá com João Gonçalves, falou também sobre o momento político vivido atualmente pela Assembleia Legislativa da Paraíba. Ele garantiu que “o momento de instabilidade política já passou depois do fim da novela da cassação” e que agora a “intransigência” entre as bancadas dava lugar à “serenidade”.