POLÍTICA
Recidiva: MPF ajuíza primeiras denúncias contra membros da organização criminosa
Grupo teria destruído provas para impedir investigação do caso.
Publicado em 14/12/2018 às 12:44 | Atualizado em 14/12/2018 às 18:04
O Ministério Público Federal (MPF) em Patos, Sertão da Paraíba, ajuizou a primeira denúncia da Operação Recidiva contra seis pessoas. Madson Fernandes Lustosa, Marconi Edson Lustosa Félix (Duda), Myrelli Kelly Pires da Silva, Hallyson Fernandes Balduíno, Joílson Gomes da Silva e Diângela Oliveira Nóbrega são acusadas de turbar (tentar), impedir e embaraçar investigação de organização criminosa por meio de destruição de provas. As penas variam de três a oito anos de reclusão, mais pagamento de multa, para cada um dos crimes imputados na denúncia.
Os atos destinados à destruição de provas (como e-mails e SMS) sobre os crimes investigados - fraude licitatória, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro por meio de “empresa fantasma” e organização criminosa - ocorreram antes mesmo da deflagração da operação, ensejando decretação de prisão preventiva de parte dos envolvidos.
Segundo a denúncia, um dia antes da deflagração da Recidiva, no último dia 21 de novembro, por volta das 21h30, três representantes da MELF retiraram diversos documentos do escritório da empresa, onde ocorreria a busca e apreensão na manhã seguinte.
Na manhã da deflagração, Madson, Marconi, Myrelli e Hallyson adotaram atos de embaraçamento da investigação, destruindo e sonegando seus aparelhos celulares. O aparelho está no Setor Pericial da Polícia Federal para extração dos dados.
Já Joílson, no período em que esteve foragido, recebeu ordens por telefone para também apagar mensagens e destruir seu aparelho celular - segundo diálogo interceptado que consta na denúncia. Diângela é acusada de apagar e-mails.
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