POLÍTICA
Relator vota pela cassação de Torres
Senador Demóstenes Torres responde a processo no Conselho de Ética por quebra de decoro, e pode perder o mandato.
Publicado em 26/06/2012 às 6:00
O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo de quebra de decoro do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), no Conselho de Ética, pediu a cassação do mandato de parlamentar.
No voto, que foi lido ontem à noite para os demais integrantes do conselho, Costa declarou que Demóstenes atuava como um braço político do esquema de jogos ilegais montado pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
“Considerado todo conjunto da obra, é impossível não concluir que ela o desabona. Quem julga somos nós, mas é o seu passado que o condena", disse Costa.
Cachoeira está preso desde fevereiro apontado pela Polícia Federal como suspeito de comandar uma rede criminosa com a participação de empresários e políticos. De acordo com o relator, Demóstenes Torres usou seu mandato para beneficiar o empresário.
O documento tem 77 páginas. A primeira parte (nove páginas) faz uma descrição do processo, O voto correspondeu às 68 páginas restantes.
DEFESA
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que defende Demóstenes Torres (sem partido-GO), disse que o senador quer ser julgado pelo plenário do Senado e, por isso, optou por não pedir o arquivamento do processo disciplinar no Conselho de Ética.
"O senador Demóstenes quer ir ao plenário. Não vamos pedir neste momento que arquivem [o processo]. Ele quer ser julgado pela totalidade do Senado Federal", o advogado.
Até o fechamento desta edição, o Conselho de Ética ainda não tinha votado o relatório de Humberto Costa que pede a cassação de Torres.
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