Relatório da final CPI dos Outdoors é apresentado na AL

A CPI dos Outdoors teve seu relatório final apresentado na tarde desta quarta-feira (2) na Assembleia Legislativa da Paraíba (AL-PB) , pouco tempo antes de completar sete meses de existência. O relatório, que teve a deputada Daniella Ribeiro (PP) como relatora, aponta o servidor público Jair de Oliveira Soares como único responsável pela campanha de outdoors que mostrava fotos de deputados que teriam votado contra a permuta dos terrenos onde seriam construídos, e um, um shopping center e, no outro, uma nova sede para a Academia de Polícia (Acadepol).

Apesar de responsabilizar apenas uma pessoa, o relatório deixa claro que há fortes indícios de que a campanha publictária teve participação de pessoas que não estariam ligadas ao Fórum Comunitário de Mangabeira. Diante da falta de provas e da conclusão da CPI, os deputados citados que se sentiram ofendidos decidiram que vão ajuizar uma ação contra o servidor público por conta da campanha publicitária, segundo a assessoria da AL-PB.

O relatório final foi aprovado por três votos na assembleia e portanto será encaminhado para os ministério públicos estadual e federal e Ministério Público do Trabalho para que as medidas cabíveis sejam tomadas. As polícias Civil e Federal também receberão cópias do relatório para que haja a possibidalide de abertura de inquéritos, de acordo com a assessoria da Assembleia Legislatva da Paraíba.

Ainda conforme a assessoria da Assembleia Legislativa da Paraíba, apesar dos indícios, durante as investigações não foram apresentadas provas conclusivas que confirmassem indubitavelmente a participação de dinheiro público ou do empresário responsável pela construção do Shopping na campanha de outdoors promovida pelo Fórum Comunitário de Mangabeira.

Em um trecho do relatório, os deputados afirmam que mesmo sem a comprovação da participação de dinheiro vindo de fora do Fórum de Mangabeira, o valor da campanha publicitária, alçada em cerca de R$ 18 mil. segundo o próprio relatório, seria impossível de ser custeada apenas pelos membros do fórum.

“Os próprios declarantes, em suas falas, direta ou indiretamente demonstraram essa impossibilidade, não restando dúvidas de que houve, sim, contribuição financeira de terceiros movidos por interesses pessoais. Há apenas um dúvida: se os recursos externos que financiaram os outdoors foram públicos, privados ou mistos”, diz o relatório.