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POLÍTICA

Renegociação deve inviabilizar Hospital Metropolitano de Santa Rita

Ricardo Coutinho disse que terá problema para cumprir exigências do governo. 

Publicado em 12/08/2016 às 16:00

O governador Ricardo Coutinho (PSB) revelou nesta sexta-feira (12) que a proposta de renegociação da dívida dos estados com a União deve inviabilizar a instalação do Hospital Metropolitano de Santa Rita, que deve custar R$ 16 milhões por mês para ser mantido, após inaugurado, além de outros serviços de saúde assumidos pelo governo da Paraíba, como o Hospital de Oncologia de Patos.

O projeto de renegociação foi aprovado esta semana na Câmara dos Deputados e alonga o pagamento das dívidas por 20 anos, mas, em contrapartida, exige que os estados e Distrito Federal não ultrapassem os gastos realizado no ano anterior, acrescido da variação da inflação medida pelo IPCA, ou outro índice que venha a substituí-lo.

Ricardo Coutinho disse que nos encontros dos governadores com a equipe econômica do presidente interino, Michel Temer, sempre fez ponderações, que não foram aceitas, mas que deve tentar dar um jeito “nisso”.

O governador ainda classificou como um grande equívoco do Congresso Nacional a aprovação da proposta por nivelar todos os estados. Para ele, a regra é muito rígida e deve comprometer o ritmo de investimentos do estado. “A Paraíba tem que aderir porque é um projeto nacional. O grande drama é que os estados que desde o início fizeram o dever de casa, cortaram gastos para investir em outros setores, estão sendo duramente penalizados porque nós não temos mais onde cortar”, comentou.

A preocupação do governador da Paraíba é a principal preocupação é com o funcionamento do Hospital Metropolitano de Santa Rita, em ritmo final de obras. Apesar do problema criado pelo projeto governo federal, Coutinho garantiu que vai entregar o equipamento, que deve servir como referência no estado na área cardiológica. Ricardo Coutinho também destacou o Hospital de Oncologia de Patos, que não vem tido repasses federais através do SUS para o seu funcionamento.

A obra tem custo total de R$ 65 milhões, sendo deste R$ 22 milhões de contrapartida do governo federal, que vieram através de uma emenda do deputado federal Efraim Filho. O equipamento deve beneficiar mais de 2 milhões de paraibanos de aproximadamente 60 municípios. Ainda não há previsão para entrega.

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Jornal da Paraíba

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