POLÍTICA
Renúncia e protesto de estudantes marcam reinício dos trabalhos na Câmara de CG
Sargento Neto deixa secretaria da Mesa Diretora e apresenta emenda para partilhar poder da presidência.
Publicado em 05/02/2019 às 19:33 | Atualizado em 05/02/2019 às 19:48
A sessão inaugural do período ordinário na Câmara Municipal de Campina Grande foi marcada, nesta terça-feira (5), pela renúncia de um membro da Mesa Diretora e protesto de estudantes nas galerias. No início da sessão, a presidente Ivonete Ludgério (PSD) informou que o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) não compareceria à sessão para apresentar a mensagem do Poder Executivo porque estava doente, acometido de uma virose. O tucano se comprometeu a participar de uma sessão na próxima semana.
Em seguida, foi aberto o expediente para os discursos dos vereadores. O mais polêmico foi do vereador Sargento Neto (PRTB). Ele assumiu e logo, em seguida, renunciou ao cargo de 3º secretário da Mesa Diretora. O parlamentar criticou a centralização dos poderes nas mãos da presidência, falta de interação entre os membros da direção e disse que seu posto era decorativo.
“É um cargo fictício que você não tem autonomia. Se chegar aqui e dizer que interagimos com todas as decisões dessa Mesa, estarei sendo mentiroso. O que não pode é ficar nesse disse me disse, com essas fofoquinhas. Cada um tem que ter seu posicionamento e honrar as calças que veste”, detonou.
Emenda
Na ocasião, Sargento Neto apresentou uma emenda ao regimento interno que dá mais poderes ao 1º secretário da Mesa Diretora, entre eles, “assinar conjuntamente com o presidente cheques, transferências eletrônicas ou qualquer outra forma de pagamento de todas as despesas da Câmara Municipal”.
Já o primeiro e o segundo secretários, Márcio Melo (DC) e Saulo Germano (DC), avisaram que se a emenda não for aprovada, eles vão renunciar aos cargos da Mesa Diretora.
Gestão democrática
A presidente Ivonete Ludgério disse que faz uma gestão democrática e toma as decisões com base na lei e nas conversas com os vereadores. Quanto à emenda ao regimento interno, ela disse que respeitará a decisão da maioria.
Na hipótese de o secretário se responsabilizar também pelas transferências bancárias, Ivonete afirma ele teria que também que ser solidário nas prestações de contas perante ao Tribunal de Contas do Estado.
Além disso, frisou que não existe na Paraíba nem no Brasil, que é mexer com a questão financeira e se o banco aceitar. “Na realidade, quem passar a mexer com isso vai ser solidário na hora de responder ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público, o que é hoje de responsabilidade da presidente”, justificou.
Protesto
Ainda durante a sessão, estudantes ocuparam as galerias para protestar contra o reajuste da tarifa de ônibus urbanos, em Campina Grande, e da implantação do cartão temporal. A presidência designou uma comissão de vereadores para conversar com os estudantes. Ficou decidido que haverá uma tribuna livre para discutir a questão.
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