POLÍTICA
Ricardo acusa Tribunal de Contas de travar obras da perimetral sul
O atraso deve estragar os planos do governador Ricardo Coutinho, que pretendia entregar a obra ainda este ano.
Publicado em 16/02/2016 às 7:37
O governador Ricardo Coutinho jogou ontem para o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) a responsabilidade pelo atraso de mais de um ano da entrega das obras da Rodovia Perimetral Sul e de urbanização, adequação e requalificação da avenida Cruz das Armas. As duas fazem parte do pacote de obras de mobilidade urbana da capital, dentro do projeto Caminhos da Paraíba. Com as obras paralisadas há quase um ano, o Estado resolveu realizar uma nova licitação, orçada em R$ 22,11 milhões, que está sendo questionada pelo TCE. O valor é R$ 10 milhões acima do valor inicial das duas obras.
O atraso deve estragar os planos do governador Ricardo Coutinho, que pretendia entregar ainda este ano para a população da capital, onde tem mira certa em eleger o secretário João Azevedo. Em seu programa oficial de rádio, Ricardo Coutinho cobrou respostas. “Estamos aguardando a liberação para dar continuidade à obra. Afinal, cada mês que passa fica pior, fica mais cara”, comentou.
O problema, explicou o diretor de obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PB), Hélio Cunha Lima, é que o governo do Estado lançou um edital único de concorrência pública para a obra de urbanização, adequação e requalificação da avenida Cruz das Armas e acessos e para pavimentação da rodovia Perimetral Sul, interligando o Bairro das Indústrias ao Mussumago, através do Valentina Figueiredo e dos conjuntos Gervásio Maia e Colinas do Sul. A primeira etapa da nova licitação foi realizada no dia 15 de dezembro do ano passado e logo em seguida foi questionada pelo TCE.
Já as obras para duplicação e recapeamento da avenida Cruz das Armas estavam sendo executadas pela PSO Engenharia de Infraestrutura Ltda., uma empresa de Minas Gerais. O empreendimento de mobilidade fazia parte do pacote de 61 obras do Programa Caminhos da Paraíba em diversas regiões do Estado que seriam entregues até o fim de 2014. A empresa ainda recebeu R$ 483,34 mil do total de R$ 6 milhões previstos inicialmente no contrato.
Alegando descumprimento do cronograma, então, em agosto do ano passado, o governador Ricardo Coutinho disse que iria cancelar unilateralmente os contratos com a empresa e abrir novas licitações para as duas obras. O anúncio foi feito na entrega do Trevo das Mangabeiras, que compõe o complexo de obras de mobilidade urbana que o governo do Estado pretende implementar na capital.
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