Ricardo ainda espera apoio informal

O governador Ricardo Coutinho (PSB) disse ontem, durante evento ocorrido no Sesi, em João Pessoa, que não é necessário aliança formal com o PT para o PSB ganhar a eleição, em João Pessoa. Segundo ele, sem a aliança com o PT, o PSB “fica como sempre ficou” e que a decisão do PT no último domingo (18) “não muda muita coisa”. “Afinal, desde 2004 nós ganhamos todas as eleições aqui dentro e não tivemos aliança formal com o PT”, disse.

Ricardo Coutinho disse que o seu grupo está disposto a continuar mudando a cidade, argumentando que a lógica do seu governo faz a diferença. “Observe o que era João Pessoa antes de 2004 e observe o que é João Pessoa agora”, frisou.

O governador disse, contudo, que gostaria de ter ao seu lado a presença de muitos “companheiros” do PT, mas tem certeza de que eles estarão com o projeto do PSB mesmo sem aliança partidária formalizada, pois “sabem que o atraso não pode voltar para dentro da cidade”.

Já o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), disse que, apesar da decisão do PT, a estratégia do PSB não muda, apesar de reconhecer a perda, com a decisão do PT. “O PT é um aliado nosso, faz parte do arco de aliança, e aí essa opção, realmente, faz falta, sim”, afirmou.

O prefeito disse que foi mal interpretado o seu comentário no Twitter, de que está cada vez mais difícil ganhar eleição em João Pessoa. O comentário foi feito após a ala do PT que apoia candidatura própria ter elegido a maioria dos delegados. “Difícil está para o PT. Uma coisa é a opção pela candidatura própria, a outra é ganhar as eleições. É preciso deixar isso claro”, analisou.

“A gente, na solidão de casa, no Twitter, diz exatamente como quer e às vezes é mal interpretado, mas sem problemas”, explicou Agra.

O vereador Raoni Mendes (PDT) também avaliou que a opção do PT pela candidatura própria traz dificuldades para o grupo do PSB e destacou o impacto dos novos quadros disputando as eleições. “Minha previsão é de que a eleição vai ser dura. O PT consolidando também, na sua convenção, o nome de Luciano Cartaxo, tornará a eleição mais disputada”.