Ricardo atribui greves à falta de compreensão de servidores

O governador Ricardo Coutinho justificou as medidas do governo do Estado, algumas reconhecidamente duras, afirmando que o esforço teve como finalidade “dar esperança” à população paraibana. Ele atribuiu as greves deflagradas por várias categorias este ano à incompreensão por parte dos servidores em relação à situação financeira do Estado. “O governo não pode se pautar fora do interesse público. O interesse coletivo é maior”, disse o governador. E, ao mesmo tempo, comemorou a fixação da data-base, em janeiro, para o funcionalismo público, bem como o fato da Paraíba possuir o maior piso salarial do magistério no Nordeste: R$ 1.156,00, que é 30% maior que o piso nacional.

Ele lembrou que assumiu o governo com um comprometimento de 56,93% da receita corrente líquida com pagamento de pessoal. Hoje, com 46,55%, o Estado se encontra dentro da legalidade em relação ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Apesar disso, ele advertiu que o governo não vai parar com as medidas de contenção de despesas. “Tivemos que trabalhar muito para investir e ao mesmo tempo resgatar o equilíbrio do nosso Estado, que é uma construção permanente”, disse Ricardo Coutinho. A meta do governador é chegar a 45,7%. “O Estado não sairá em hipótese alguma dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”, assegurou.

Além disso, de acordo com os indicadores fiscais, a Paraíba saiu de uma dívida consolidada líquida de R$ 1,8 bilhão em 2010, para R$ 1,1 bilhão em 2011. A receita corrente líquida também teria aumentado este ano: de R$ 4,8 bilhões em 2010 para R$ 5,5 bilhões este ano.

O vice-governador Rômulo Gouveia destacou o equilíbrio financeiro do Estado como uma das principais conquistas.