POLÍTICA
Ricardo avalia 100 dias e diz que situação financeira atrapalhou
Em longo pronunciamento, governador fez balanço da gestão e apresentou ações que pretende realizar nos próximos meses. Ricardo afirmou que gostaria de ter feito mais.
Publicado em 11/04/2011 às 14:07
Jhonathan Oliveira
O governador Ricardo Coutinho (PSB) fez na manhã desta segunda-feira (11) um balanço dos 100 primeiros deias de sua gestão à frente do Executivo estadual. Em um longo pronunciamento, que durou mais de duas horas, ele fez um explanação sobre as ações que já foram realizadas e também apresentou obras, programas e investimentos que devem ser realizados pelo Governo. Na ocasião, o governador destacou que o início do seu mandato foi repleto de dificuldades, mas que acredita que esse cenário pode ser alterado.
A solenidade onde Ricardo fez a avaliação dos seus primeiros meses de gestão aconteceu no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural, em João Pessoa, e reuniu dezenas de pessoas. Estiveram presentes secretários de governo, deputados da base aliada e prefeitos de várias cidades do Estado.
“Isso não é uma festa, não é uma comemoração, isso é apenas uma celebração”, disse Ricardo sobre a solenidade. Como em outras ocasiões, o governador voltou a destacar que o Estado tem sérios problemas financeiros e que isso colocou muitas dificuldades para o início de sua gestão. “Estamos aqui porque precisamos fazer com que esse Estado funcione mesmo com todas as dificuldades que estão postas. Pretendo chamar para mim a responsabilidade de resolve-las e não pretende imputá-las a ninguém”, acrescentou.
Ricardo afirmou que o Estado continua desequilibrado financeiramente e fiscalmente. “Não é possível fazer mágica e dizer que o Estado está equilibrado, isso ainda via levar alguns meses. Espero até o final do ano regulamenta essa situação”, completou.
O governador disse que gostaria de ter feito mais nestes 100 primeiros dias de gestão, mas que me função da situação do Estado, não foi possível. “Queríamos ter feito muito mais, mas até esse momento não foi possível. Apenas no mês de março tivemos um déficit financeiro de 53 milhões e isso vai continuar por alguns meses”.
Ele também enfatizou que a equipe de Governo ainda precisa melhorar muito o desempenho para alcançar o nível ideal. “ Da mesma forma que acho que não estou no melhor momento, acho que nossa equipe precisa melhorar muito ainda”.
Investimentos
Apesar de Ricardo lamentar a situação financeira difícil, durante a solenidade ele anunciou uma série de ações e obras que devem começar a ser realizadas a partir deste mês de abril. Segundo ele, são cerca de R$ 800 milhões que serão investidos em áreas como de infraestrutura, desenvolvimento social e cidadania, desenvolvimento sustentável e ciência e tecnologia. Esses valores são oriundos de recursos próprios, do Governo Federal, além de verbas originárias de instituições financeiras e de fomento e de convênios com a iniciativa privada.
Entre as obras anunciadas pelo governador está a reconstrução da barragem de Camará, no Brejo paraibano. De acordo com ele, os R$ 29 milhões que seriam destinadas pela segunda etapa Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) para a construção da barragem de Manguape, serão relocados para a reconstrução da barragem. Ele disse que R$ 39 milhões serão investidos na construção de adutoras para Camará.“Com a anuência do ministério da Integração, no máximo em um ano ou ano e meio nós entregaremos essa obra”, disse.
Um outro investimento anunciado pelo governador foi o programa 'Caminhos da Paraíba', que de acordo com ele vai construir 800 quilômetros de estradas. Serão 30 rodovias, inclusive duas urbanas.
População avalia início como ruim
Em enquete realizada pelo Paraíba1, os internautas avaliaram o início da gestão de Ricardo como ruim. Entre os participantes da enquete, 33 % por cento avaliaram a gestão com esse conceito. Foram computadas quase 2.500 participações.
Por outro lado 28% acharam que o início do mandato do governador foi muito bom, 16% acham que ainda é muito cedo para dizer, 15% que tem deixado a desejar e 8% consideram que foi bom.
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