POLÍTICA
Ricardo concentra nomeações como medida para conter gastos
Governador eleito anuncia que todas as nomeações, inclusive da administração indireta vão se concentrar na Secretaria de Administração. Outros nomes devem ser anunciados.
Publicado em 29/12/2010 às 19:00
Da Redação
Na tarde desta quarta-feira (29), durante a apresentação oficial de mais nomes que assumirão a administração direta e indireta do próximo governo, Ricardo Coutinho disse que vai concentrar toda folha de pessoal, inclusive da administração indireta, na Secretaria de Administração para que ele tenha conhecimento de todas as contratações.
Para ele, é imprescindível que seja feita uma racionalização nos custos. “Não podemos gastar mais do que precisamos”, declarou. Ricardo citou como medida preventiva ao mal uso do dinheiro público a condição de que “nenhum diretor da administração indireta poderá fazer qualquer contratação sem a determinação, sem a autorização do governador, para qualquer cargo que seja”.
Outro assunto de destaque na entrevista foi que Ricardo Coutinho (PSB) apresentou sua intenção de que, a partir de 2011, Procon e a Defensoria Pública andem juntos e comentou sobre o tão almejado equilíbrio fiscal. De acordo com Ricardo, aproximar Procon e Defensoria Pública não se daria apenas no âmbito institucional, mas alteraria o organograma do Estado.
Para o governador eleito, fazer com que as duas instituições trabalhem unidas passa pela necessidade de que seja feita uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). “É preciso que seja feita uma PEC. O poder executivo deve regularizar essa situação do Procon, com emenda constitucional, para associar Procon à Defensoria Pública”, declarou Ricardo Coutinho.
Já sobre o tão comentado equilíbrio fiscal, o governador eleito disse não ter um prazo para atingir esse objetivo, já que ele e sua equipe não têm, ainda, dados concretos sobre a questão das dívidas do Estado. Ricardo Chegou a citar os débitos com a saúde e com os presídios. “A curto prazo, sabemos que a dívida com a saúde chega a R$ 40 milhões, mas que chegará facilmente a R$ 50 milhões até a próxima sexta-feira. Com os fornecedores das penitenciárias, dos presídios, temos algo em torno de R$ 8 ou R$ 10 milhões”.
Com relação aos movimentos culturais no Estado, Ricardo, apoiado pela nova diretora da Fundação Espaço Cultural (Funesc), Lu Maia, declarou a intenção em fazer com que o Fenart volte a ser realizado anualmente e que seja municipalizado. “É algo que precisa ser debatido entre a diretora da Funesc [Lu Maia] e o secretário de Cultura [Chico César]”, disse o governador eleito, acrescentando que um compromisso seu é “reativar o Festival de Artes de Areia”.
Ricardo Coutinho ainda afirmou que seu governo priorizará a recuperação e manutenção de cadeias e presídios do Estado, reforçando a segurança, e que dará atenção especial aos serviços básicos de saúde. Nesta quinta-feira, nomes do segundo escalão e algumas diretorias técnicas ainda devem ser divulgados.
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