POLÍTICA
Ricardo Coutinho diz que insatisfeitos não serão liberados para deixar PSB
Prefeito lembra que todos foram eleitos com o “voto coletivo do partido” e por isto o PSB paraibano vai cobrar a fidelidade de seus filiados que detêm cargos eletivos.
Publicado em 04/08/2009 às 15:26
Phelipe Caldas
O prefeito pessoense Ricardo Coutinho, presidente estadual do PSB na Paraíba, declarou nesta terça-feira (4) que o partido não vai liberar as desfiliações dos parlamentares socialistas insatisfeitos com a cúpula partidária. Ele lembrou que todos foram eleitos com o “voto coletivo do partido” e por isto o PSB paraibano vai sim cobrar a fidelidade de seus filiados que detêm cargos eletivos, conforme rege a Lei de Fidelidade Partidária.
“Porque liberar? Para serem eleitos eles souberam fazer juras de amor eterno ao partido, conversar como amigos e usar a estrutura partidária durante o pleito. Agora, depois de vencidas as eleições, eles dão uma de ofendidos e querem deixar o partido impunemente”, destacou, advertindo que vai cobrar na justiça eleitoral o mandato dos eventuais 'infiéis'.
Questionado sobre o deputado federal Manoel Júnior, Ricardo Coutinho falou ainda que pegava mal ao PSB o fato do parlamentar ser o campeão de faltas entre os paraibanos no Congresso Nacional. “Definitivamente isto não é bom para o partido”, resumiu.
O prefeito pessoense criticou também o senador Cícero Lucena (PSDB), antecessor dele na Prefeitura de João Pessoa e como ele pré-candidato ao Governo da Paraíba. Cícero fez críticas recentes contra o prefeito pessoense e hoje Ricardo rebateu: “Isto é ato de desespero de quem não tem nem mesmo o apoio do próprio partido e fica querendo criar factoides. Ele que resolva seus problemas e se não conseguir que tome calmantes”, disparou.
Ricardo manteve as críticas contra o senador tucano e em tom de ironia disse que entendia o problema vivido por Cícero. “Ele vai dizer o que concretamente no campo administrativo? Eles disseram que a Estação Ciência ia cair e hoje ela recebe uma média de 15 mil pessoas por mês. E no campo político, o que dizer, se conseguimos criar um modelo inovador de gestão? Tenho muitas obras para inaugurar e não tenho tempo para responder à atos de desespero”, enfatizou.
Sobre a relação da Prefeitura de João Pessoa com o Governo da Paraíba, ele lamentou que ambas as instituições não mantenham “parcerias em curso”. Ele disse que era importante que uma audiência fosse feita, mas ao mesmo tempo ponderou que o fato dela não acontecer não impedia que as duas esferas de poder cumprissem com suas responsabilidades.
“A verdade é que tem gente que gosta de transformar as audiências públicas em evento político, quando de fato elas são eventos administrativos. Cada qual pode fazer suas responsabilidades individualmente, apesar de continuar acreditando que a relação institucional é algo muito bom para todos”, concluiu.
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