POLÍTICA
Ricardo critica proposta de Cássio de união das oposições
Cássio defende união das oposições a Ricardo Coutinho no primeiro turno; lideranças políticas comentam proposta.
Publicado em 13/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 13:02
A união das oposições no primeiro turno das eleições, proposta defendida pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB), foi o assunto mais comentado ontem pelas lideranças políticas do Estado, a começar do governador Ricardo Coutinho (PSB), que criticou a falta de credibilidade da parte de quem está propondo a tese. “Como é que alguém pode falar em união quando rompe uma aliança sem dizer à Paraíba por que rompeu”, afirmou o governador.
O presidente estadual do PSDB, Ruy Carneiro, explica que existe um sentimento de mudança na Paraíba, atestado pelas pesquisas de opinião pública. Segundo ele, o eleitor que vota em Cássio ou em Veneziano está dizendo que não está satisfeito com o atual modelo de governo. A lógica dele é que diante desse quadro ocorra a união das oposições logo no primeiro turno. “Isso não é uma equação simples, não existe nada de concreto. Se os dois candidatos de oposição discordam do atual modelo de governo, por que não trabalhar a possibilidade de uma conversa já no primeiro turno?”, questiona o parlamentar.
O presidente do PMDB, José Maranhão, acha interessante a tese da união das oposições, mas complicada para ser posta em prática. Ele considera mais provável que isso ocorra no segundo turno. “No segundo turno é evidente que se dará a união daquele que estiver no segundo turno com aquele que não estiver mais na disputa. Essa é a hipótese mais concreta, mais provável”, afirmou. Maranhão lembrou que assim como Cássio quer o PMDB do seu lado, o governador Ricardo Coutinho também tem interesse de se aliar com os peemedebistas.
Já o governador Ricardo Coutinho disse que prefere estar ao lado do povo do que fazer uma aliança com as elites políticas do Estado. “Essa união que ele (Cássio) prega é a união das elites, é a união daqueles que buscam, através da política, dividir o Estado, dividir o poder público de acordo com os seus interesses. Essa unidade das elites políticas em detrimento dos interesses do povo eu não quero”, afirmou.
Comentários