POLÍTICA
Ricardo debocha da oposição sobre Guarda Militar: "o guru deles tentou fazer a mesma coisa"
Governador disse que Cássio tentou fazer a mesma coisa, mas sem sucesso.
Publicado em 18/08/2017 às 12:29
Acusado por lideranças do PSDB de criar 'milícias' armadas com a criação da Guarda Militar Temporária (GMT), o governador Ricardo Coutinho (PSB) debochou das críticas. Em evento no Palácio da Redenção, na manhã desta sexta-feira (18), o socialista lembrou que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) tentou fazer a mesma coisa quando governador, mas sem sucesso.
A proposta de Cássio Cunha Lima a que Ricardo Coutinho se reporta é a lei nº 8.355, de 19 de outubro de 2007, que instituiu, assim como a Medida Provisória 246, publicada no Diário Oficial deste quinta-feira (17), o Serviço Auxiliar Voluntário nos âmbitos da Polícia Militar e do Corpo de Mombeiros Militar do Estado da Paraíba.
“Tem pessoas que tem necessidade uterina, umbilical de estar falando qualquer coisa mesmo que seja a maior bobagem do mundo. O guru desse povo também criou, mas não teve capacidade de por em prática um serviço voluntário”, alfinetou o governador.
A declaração foi direcionada ao presidente estadual do PSDB, Ruy Carneiro, que emitiu nota oficial do partido se posicionando contrário à medida por acreditar que a MP 264 por considerá-la autoritária e por utilizar de critérios questionáveis, sexistas, ao precarizar o policiamento nas ruas com o propósito de beneficiar apenas aliados políticos. Mesmo entendimento esbravejou o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, Bruno Cunha Lima (PSDB), que acusou Ricardo de não priorizar os concursados da Polícia Militar e optar por uma 'milícia armada'.
Apesar das críticas, o governador disse que a medida deverá disponibilizar mais 800 soldados nas ruas. “Assim como eu tirei do Palácio da Redenção, da Granja Santana e do Poder Judiciário, substituindo pela guarda de reserva para colocar mais policiais nas ruas”, assegurou.
Tucano rebate
O deputado Bruno Cunha Lima acusou o governo tenta usar a máquina pública para distorcer os fatos e tentar impor a sua versão como sendo verdadeira. "Basta uma leitura na MP 264 e na Lei Nº 8.355 para comprovar que em 2007 a proposta foi justamente no sentido de colocar para os trabalhos de natureza administrativa da Polícia Militar e Bombeiro Militar, sendo impedidos inclusive, o porte de arma fogo em vias públicas", questionou.
Ainda segundo o tucano, a lei de 2007 previa a contratação de mulheres, ao contrário da MP 246. "E, para ficar ainda mais clara a intenção de incentivo ao primeiro emprego, a idade máxima era, à época, de 23 anos para os homens e mulheres e o prazo para este serviço era de 01 ano prorrogável por mais 01; e atualmente é de 2 anos prorrogáveis por mais 2", rebateu.
Bruno Cunha Lima lembrou que em 2015 o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade da Guarda Militar voluntária nos moldes proposto pelo governador Ricardo Coutinho.
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