POLÍTICA
Ricardo não teria sido consultado
Em carta, Edvaldo Rosas diz que reforma administrativa de Luciano Agra visa limitar a participação do PSB no governo municipal.
Publicado em 26/04/2012 às 6:30
De acordo com Rosas, o governador Ricardo Coutinho (PSB) não estaria sendo ouvido nesse processo de reforma conduzido por Agra, a qual serviu para “esvaziar a participação do PSB no governo municipal e ameaçar a participação de militantes históricos do socialismo na construção do projeto político do PSB”.
Paula Frassinete, por exemplo, na primeira reforma ocorrida no início deste ano, foi exonerada sem qualquer aviso de cargo no Instituto de Previdência Municipal (IPM). Edvaldo explicou que não citaria os nomes dos demais auxiliares vítimas da 'perseguição' feita pelo prefeito por conta do clima de receios e temores criado por suas ações no ambiente da gestão municipal. “Situação que está comprometendo o nosso projeto”, afirmou o presidente partidário na carta que foi protocolada na manhã de ontem na Prefeitura.
No documento, o presidente estadual do PSB lembra que a escolha de Agra para a condição de vice-prefeito nas eleições de 2008 “contrariou toda a regra da disputa partidária, já que não tinha capital político, financeiro ou tempo de televisão. Mas mesmo assim, por ser considerado leal e de confiança, foi escolhido 'herdeiro privilegiado'” para cumprir uma missão estratégica para o partido. Mas, para Rosas, Agra “perdeu-se em sua execução, não seguiu as orientações e por decorrência não conseguiu se viabilizar como alternativa eleitoral real”, o que resultou na sua desistência de ser pré-candidato.
Mas disse, na entrevista coletiva, que não houve vedação à postulação de Luciano Agra, e que se esse for o problema ele pode colocar seu nome à disposição, na instância partidária, para disputar o direito de concorrer. “Nunca dissemos que ele não podia ser candidato. Nós vamos chamar o congresso municipal para escolher os nossos candidatos a vereadores e a prefeito.
Se ele quiser participar da disputa, ele se coloque à disposição do partido”, orientou.
Alguns dirigentes partidários desaconselharam: “Como ele já desistiu duas vezes, fica ruim para a opinião pública ele retornar, a ideia colocada por setores da imprensa do prefeito marcha à ré”, ponderou Ronaldo Barbosa.
A secretária de Comunicação da Prefeitura, Marly Lúcio, informou que o prefeito Luciano Agra estava ontem em Brasília e que ainda vai tomar conhecimento da carta de Edvaldo Rosas, para poder se posicionar sobre o assunto.
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