POLÍTICA
Ricardo vai a Brasília para saber impacto do ajuste fiscal na PB
Governador fará 'peregrinação' por ministérios pedindo informações sobre eventuais cortes nas ações em andamento no Estado.
Publicado em 26/05/2015 às 7:37 | Atualizado em 08/02/2024 às 18:53
O governador Ricardo Coutinho (PSB) vai hoje a Brasília pedir informações sobre quais obras da Paraíba podem parar com o corte de R$ 69,9 bilhões anunciado pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) na última sexta-feira. O secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevedo, que acompanhará o governador nas audiências, disse que a expectativa é assegurar pelo menos os recursos para ações de convivência com a seca. Há R$ 994,37 milhões de verbas a liberar para o setor.
O maior volume de recursos que ainda não foi repassado provém do Ministério da Integração Nacional (R$ 826,24 milhões), mas há verbas que haviam sido asseguradas pelo governo federal, mas, com o pacote de contingenciamento, o governador não tem mais certeza se serão continuadas. As demais verbas estão nos Ministérios das Cidades, Turismo e até da Justiça.
A maior preocupação do governador Ricardo Coutinho é com a interrupção da obra do Canal de Acauã-Araçagi, que também concentra o maior volume de verbas ainda a liberar, no total de R$ 700 milhões, do convênio da Secretaria de Recursos Hídricos com o Ministério da Integração. O Governo do Estado já executou 65% das obras do primeiro lote do Canal e implantou 90% dos tubos, mas ela pode ser interrompida se os recursos não chegarem.
Outras obras voltadas para a convivência com a seca também estão na lista das prioridades do governo do Estado na peregrinação pelos ministérios, revelou Ricardo Coutinho. “A chuva que deu dá no máximo 30 dias e dela vive 18 mil pessoas. É complexo abastecer com carro-pipa. Temos outras adutoras fundamentais como o reservatório de São José da Mata. É preciso ter a clareza que um ajuste não é simplesmente número, são vidas que estão em jogo e nossa região já perdeu muito”, disse.
Sem contar o canal de Acauã, são mais de R$ 126 milhões do Ministério da Integração para construção de adutoras e barragens que podem ser bloqueados pelo contingenciamento da presidente Dilma Rousseff. “Nossa esperança é que, pelo o que está no decreto, essas áreas continuam sendo tratadas pelo Governo Federal como prioridade e não serão cortadas”, comentou. Há ainda obras de melhorias do abastecimento e esgotamento sanitário para diversas comunidades da Paraíba.
As obras prioritárias do governo
Canal de Acauã-Araçagi
Levará água para 600 mil paraibanos de 38 municípios. Mesmo com mais de 65% concluídas, ainda faltam R$ 700 milhões de verbas federais
Sistema Adutor Nova Camará
O governo federal ainda não liberou R$ 39,2 milhões para sua conclusão, que vai garantir água para mais de 150 mil habitantes de 13 municípios da região
Sistema Adutor e Barragem Retiro - O governo estadual precisa de R$ 28,7 milhões federais para a obra, que beneficiará a região de Cuité
Centro de Convenções
O equipamento destinado aos eventos turísticos na capital depende de R$ 27 milhões de recursos federais para a conclusão
Passagem de Nível no Geisel
Obra complementar ao viaduto do Geisel. Faltam R$ 17,5 milhões.
Presídios
O governo precisa de R$ 17,1 milhões para construir dois presídios, sendo um feminino e outro masculino, em Solânea
Sistema Adutor Boqueirão
Composto por três estações de bombeamento, uma estação de tratamento de água, nove reservatórios elevados e oito chafarizes, precisa de R$ 15,25 milhões
Sistema Adutor Camalaú
Faltam R$ 15 milhões. Vai garantir água tratada para mais de 15 mil habitantes nos municípios de Camalaú e região.
Sistema de Abastecimento de Riacho dos Cavalos
Faltam R$ 13,8 milhões para concluir a obra que beneficiará com abastecimento d'água dentro do PAC Funasa
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