Rodrigo reclama de "acusações infundadas" dos adversários no PT

Phelipe Caldas

O deputado estadual Rodrigo Soares (PT) rebateu nesta quinta-feira (12) as denúncias de seus adversários dentro do Partido dos Trabalhadores, que acusam o Governo Maranhão de cooptar petistas para cargos da administração estadual em troca de apoio a sua candidatura à presidência da legenda na Paraíba. Rodrigo, que defende a aliança do PT com o PMDB em 2010, diz que isto não passa de “acusação falsa e infundada” e avisou que não vai baixar ao nível de seus adversários.

Ainda de acordo com o Rodrigo, restava a ele apenas “lamentar” este tipo de postura adotada pela outra chapa, que é encabeçada pelo deputado federal Luiz Couto, atual presidente estadual do partido e que é candidato à reeleição.

“Sou candidato porque quero fazer o bom debate, discutir o futuro do partido e traçar metas que o façam crescer no Estado. Mas ao contrário do que propomos, nossos adversários tentam transformar o Processo Eleitoral Direto em uma guerra fratricida”, lamentou. “Eles acusam colegas de legenda de estarem se vendendo, quando na verdade cada militante tem o direito de se posicionar livremente sobre o PED. É por isto que eu me solidarizo com a militância petista”, completou.

Ele lembrou ainda que o PT tem o atual vice-governador da Paraíba e por isto é normal ter o direito de nomear muitos cargos na administração estadual. Ele foi além e disse que as declarações da outra chapa não passavam de “denuncismo requentado” e se declarou confiante na vitória.

Entenda o caso

O Partido dos Trabalhadores se preparam para decidir a partir do voto direito de seus filiados os presidentes nacional, estaduais e municipais da legenda. Na Paraíba, duas chapas majoritárias disputam à presidência.

Luiz Couto é o atual presidente e disputa a reeleição. Ele é aliado do prefeito pessoense Ricardo Coutinho e defende uma aliança do PT com o PSB em 2010. Rodrigo Soares, por sua vez, é o candidato de oposição. Ele é aliado de Maranhão e defende a unidade entre PT e PMDB.

É esta divergência ideológica em torno das eleições estaduais de 2010 que chama a atenção das eleições internas do PT. O vencedor terá mais forças para definir em que palanque o partido estará e qual candidato vai apoiar para o Governo da Paraíba.