Romero diz que se antecipou à crise ao cortar na 'própria carne'

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), disse nesta terça-feira (21) que só possível fazer investimentos atualmente porque se antecipou à crise econômica, no ano passado ao baixar um pacote de redução de despesas, inclusive cortando na “própria carne”, ao diminuir o próprio salário em 40% e do vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima Filho (PSDB).

O salário do prefeito foi reduzido de R$ 20 mil para R$ 12 mil, enquanto o do vice caiu de R$ 12 mil para R$ 7,2 mil. Também houve redução de 20% nas gratificações dos secretários e ocupantes de cargos comissionados, implementação de turno único do horário de trabalho das secretarias, corte nos gastos com diárias, energia, água e telefone.

“Eu me antecipei à crise profunda com um pacote de corte de gastos, a partir da redução do meu próprio salário, o que nos possibilitou investimentos com o dia hoje. Espero que esta crise seja superada porque a redução do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) continua”, declarou Romero, ao chegar para inauguração da nova sede da Central de Abastecimento Farmacêutico do município (CAF).

A função da unidade é armazenar e distribuir os medicamentos e insumos médicos para as farmácias instaladas nos postos de saúde, hospitais e demais serviços geridos pela Prefeitura Municipal. Com estrutura mais moderna, a Central, que funcionava na sede da Secretaria Municipal Saúde, na Liberdade, agora está localizada no bairro do Catolé.

Na solenidade de inauguração da nova sede da CAF, o prefeito Romero Rodrigues falou sobre a importância da unidade para organização dos serviços públicos de saúde no município. "Com esta nova estrutura vamos conseguir ter um controle mais rigoroso, otimizando a distribuição dos remédios. Além disso, agora temos mais condições de logística para ampliar a entrega, em domicílio, de medicamentos para acamados, idosos, pessoas com dificuldade de locomoção e doentes crônicos", destacou.

O novo prédio da CAF possui 700 metros quadrados de área construída, distribuídos entre setor administrativo e galpão para armazenamento e distribuição dos medicamentos. A obra foi viabilizada graças a uma contrapartida da empresa de call center AeC. "A Prefeitura fez a doação do terreno para a empresa, que apostou na cidade, investindo na criação de mais de dois mil empregos e na construção da sede da CAF", justificou Evandro Cangussu, gerente de implantações da AeC.