POLÍTICA
Romero sinaliza 7% de reajuste para servidores
Prefeito projeta um aumento acima da inflação, que no ano passado chegou a 5,91%; impacto financeiro ainda não foi definido.
Publicado em 01/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/07/2023 às 12:39
Cerca de dois mil servidores da Prefeitura de Campina Grande que ganham acima do salário mínimo – R$ 724,00 – podem ter reajuste salarial de 7%, a partir de maio deste ano. A revelação foi feita ontem pelo prefeito Romero Rodrigues, que projeta um aumento acima da inflação, que no ano passado chegou a 5,91%.
Como os estudos foram iniciados ontem, Romero informou que a equipe econômica da PMCG ainda não definiu o impacto financeiro do reajuste.
“Iniciamos os estudos com a equipe econômica sobre o desempenho das receitas, especialmente ICMS, IPTU e FPM (Fundo de Participação dos Municípios), e depois vamos projetar o impacto financeiro. A priori, devemos conceder um reajuste acima da inflação dos últimos doze meses. Provavelmente, ele poderá ficar em 7% para quem ganha acima do piso salarial”, projetou Romero.
A data-base do funcionalismo municipal é 1º de maio, mas o chefe do Executivo pretende enviar o projeto de lei à Câmara Municipal para votação até o mês de abril. Romero lembrou que, no início de 2014, mais de 3,9 mil servidores da ativa foram beneficiados com o reajuste de 6,7% do salário mínimo.
Depois, concedeu um aumento de 8,32% nos salários dos professores da educação básica e garantindo, assim o pagamento do piso nacional, em R$ 1.697,39, para uma jornada de 40 horas.
O reajuste dos professores provocou um impacto financeiro na ordem de R$ 6 milhões anuais. Ele ainda adiantou que em novembro concederá um reajuste entre 12% a 14% para a categoria. Romero Rodrigues ainda ressaltou que, no ano passado, o piso nacional da categoria teve um reajuste de 7,97%, mas preferiu ampliar o percentual para 10%.
Desde 2009, o piso tem crescido. Ele passou de R$ 950 para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011, conforme valores informados no site do MEC. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451 e, a partir de fevereiro de 2013, passou para R$ 1.567. O maior reajuste foi o de 2012: 22,22%.
PREFEITO APONTA ILEGALIDADE DA GREVE
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, disse ontem que os servidores da Saúde não podem entrar em greve, a partir da próxima semana, porque o Tribunal de Justiça da Paraíba já decretou a ilegalidade do movimento paredista, no segundo semestre do ano passado, por provocar prejuízos à população.
“A Procuradoria Geral do Município já nos informou que vai de novo bater às portas da Justiça contra a greve que é inoportuna e só vai prejudicar a população mais pobre. A nossa gestão já fez grandes investimentos na Saúde na abertura de novos hospitais, comprando equipamentos e reajustando os salários dos servidores”, assegurou Romero.
Na manhã de ontem, foi decidido em assembleia realizada na AABB de Campina Grande que todas as categorias da Saúde deverão entrar em greve na próxima quinta-feira. Segundo o presidente do Sintab, Napoleão Maracajá, desde dezembro o pré-indicativo de greve havia sido aprovado em assembleia e comunicado ao governo.
"Foi dado um prazo até depois do Carnaval para que o governo atendesse à pauta da categoria e até agora nada foi resolvido", afirmou Napoleão. A reivindicação principal é a implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, que
virou lei em Campina em 2012 e ainda não está sendo aplicado aos profissionais municipais da Saúde. Cerca de 500 funcionários compareceram à assembleia.
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