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POLÍTICA

Romero vai avaliar contrato da Aliança para São João de CG após licença

Dona da empresa foi preso na Operação Fantoche da PF suspeita de convênios fraudulentos.

Publicado em 19/02/2019 às 14:05 | Atualizado em 19/02/2019 às 17:59


                                        
                                            Romero vai avaliar contrato da Aliança para São João de CG após licença

				
					Romero vai avaliar contrato da Aliança para São João de CG após licença
Romero só deve avaliar contrato com Aliança para São João de Campina Grande na próxima semana. Foto: Divulgação/Codecom-CG.

A Prefeitura de Campina Grande informou, através de nota à imprensa, que qualquer decisão sobre uma possível suspensão do contrato com a Empresa Aliança Comunicação e Cultura em relação ao Maior São João do Mundo só será tomada após o fim da licença do prefeito Romero Rodrigues (PSDB). A empresa, que desde 2017 é responsável pela festa junina da cidade é o principal alvo da Operação Fantoche, deflagrada na manhã desta terça-feira (19) em seis estados, inclusive a Paraíba, e no Distrito Federal.

Romero Rodrigues iniciou licença para descansar nesta segunda-feira (18) e só deve retornar em sete dias. No período, a gestão de Campina Grande está sob responsabilidade do vice-prefeito Enivaldo Ribeiro (PP).

Ainda na nota, a Prefeitura de Campina Grande reafirma sua plena convicção de que o atual modelo de Parceria Público Privada (PPP) adotado, desde 2017, para captar recursos e gerir o Maior São João do Mundo é o mais eficiente na obtenção dos resultados e no uso mais racional dos recursos públicos, levando-se em conta que os cofres municipais deixam de bancar despesas na ordem de R$ 10 milhões por cada edição do evento, limitando-se a uma responsabilidade contratual de apenas R$, 2,9 milhões.

Com relação à Operação Fantoche, a prefeitura destacou que as investigações em Campina Grande não dizem respeito ao Maior São João do Mundo. "Pelo que está exposto, até o momento, as apurações em curso estão relacionadas a um suposto envolvimento da Aliança Comunicação e Cultura - que venceu a licitação para captar e gerir a festa junina de Campina - com supostos projetos do Sistema S junto ao Ministério do Turismo, no período de 2002 a 2010".

Fantoche

A Operação Fantoche foi desencadeada na manhã desta terça-feira com o objetivo investigar um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S desde 2002. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões de recursos públicos.

Além do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, também é alvo de mandados de prisão o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi preso em São Paulo, e o empresário Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, um dos donos da Aliança Comunicação.

Confira a nota na íntegra:

NOTA

Diante das notícias relativas às investigações envolvendo a Empresa Aliança Comunicação e Cultura, na manhã desta terça-feira, 19, a Prefeitura Municipal de Campina Grande vem a público esclarecer os seguintes pontos:

1) Nada, absolutamente nada, em relação às investigações da Operação Fantoche, diz respeito ao Município de Campina Grande, à Prefeitura ou ao seu maior evento, o Maior São João do Mundo. Pelo que está exposto, até o momento, as apurações em curso estão relacionadas a um suposto envolvimento da Aliança Comunicação e Cultura - que venceu a licitação para captar e gerir a festa junina de Campina - com supostos projetos do Sistema S junto ao Ministério do Turismo, no período de 2002 a 2010.

2) Nos seis anos da atual gestão do prefeito Romero Rodrigues, a Prefeitura de Campina Grande nunca recebeu um só centavo proveniente do Ministério do Turismo para bancar ou apoiar quaisquer projetos, de qualquer natureza, de interesse do Município.

3) A Prefeitura de Campina Grande reafirma sua plena convicção de que o atual modelo de Parceria Público Privada (PPP) adotado, desde 2017, para captar recursos e gerir o Maior São João do Mundo é o mais eficiente na obtenção dos resultados e no uso mais racional dos recursos públicos, levando-se em conta que os cofres municipais deixam de bancar despesas na ordem de R$ 10 milhões por cada edição do evento, limitando-se a uma responsabilidade contratual de apenas R$, 2,9 milhões.

4) Qualquer decisão a respeito do contrato entre o Município e a empresa Aliança Comunicação e Cultura, no tocante ao Maior São João do Mundo 2019, só deverá ser adotada e anunciada pelo prefeito Romero Rodrigues, ao longo da próxima semana, quando de seu retorno da licença que está gozando desde esta última segunda-feira, 18.

5) A Prefeitura, por fim, renova sua fé na capacidade de superação do povo de Campina Grande diante das adversidades, como já demonstrou em diversas oportunidades, mantendo no mesmo alto nível a organização, promocão e divulgação de sua maior festa, que há três décadas marca o calendário turístico nacional, tornando-se, com mérito, maior símbolo da identidade e do orgulho do Nordeste e de suas raízes culturais.

Imagem

Angélica Nunes

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