Rômulo oficializa apoio a Cássio

O PSD oficializou, ontem, o apoio ao candidato a governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e ao postulante ao Senado, Wilson Santiago (PTB), durante convenção, no auditório do Sesc/Centro, em Campina Grande. O partido homologou a candidatura do vice-governador a deputado federal e dos deputados estaduais Manoel Ludgério, João Gonçalves e Eva Gouveia à reeleição.

Em seu discurso, Rômulo fez duras críticas ao governador Ricardo Coutinho (PSB), mas evitou falar no nome do chefe do Executivo estadual. “A partir de hoje, não chamarei mais o seu nome (Ricardo), para não sujar a minha boca”, afirmou o vice-governador. Ele disse que a quebra de compromisso, em relação a sua pré-candidatura ao Senado e o apoio do governador a Lucélio Cartaxo (PT), foi uma traição.

Devido ao rompimento político e o apoio a Cássio, ele teve os assessores exonerados, segurança, carro oficial e telefone recolhidos. Rômulo, inclusive, admitiu recorrer à Justiça para garantir o direito constitucional à estrutura de trabalho.

“Eu fui surpreendido com a decisão. A Constituição Federal me garante o direito de entrar na Justiça. É um ato inconstitucional, antirrepublicano e de uma visão pequena. Acho que o governador não estava preparado para ser governador, e nos embates ele mostra essa postura reprovável. Isso pra mim é muito pequeno”, criticou, acrescentando: “Não são ofertas, cargos e favores que vão me comprar” .

Cássio foi solidário a Rômulo e pontuou que, em plena República, a Paraíba estava vivendo no Império, com atitudes ditatoriais. “Foi uma represália inédita por Rômulo ter reagido à traição de que fora vítima".