POLÍTICA
Secom, Saúde e Cruz Vermelha se reúnem para 'uniformizar' discurso
Representantes das Secretarias de Saúde e Comunicação do Estado e da Cruz Vermelha decidem como irão responder aos questionamentos da imprensa.
Publicado em 03/08/2011 às 11:08
Da Redação
O secretário de Saúde do Estado e representantes da Cruz Vermelha, organização agora responsável pela administração do Hospital de Trauma de João Pessoa, fazem uma reunião na manhã desta quarta-feira (3) junto à Secretaria de Comunicação. O objetivo é 'uniformizar' o discurso em relação aos questionamentos da imprensa sobre as atividades do Hospital e os resultados que a nova administração vem apresentando.
Além do secretário Waldson Souza, quem também participa da reunião é a secretária municipal de Saúde da Prefeitura de João Pessoa, Roseana Meira. Oficialmente, ela não é gestora da Saúde do Estado, mas, conforme servidores, circula pela administração extraoficialmente.
A reunião, segundo o que foi informado por servidores, teria sido solicitada pela Secretaria de Comunicação como forma de padronizar as respostas que a Cruz Vermelha vai repassar à imprensa durante sua gestão.
Questionada sobre a pauta da reunião, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde informou que não sabia da existência deste encontro.
Convênio no Trauma
A Cruz Vermelha, organização sem fins lucrativos, assumiu a administração do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa em julho. A parceria firmada pelo Governo do Estado foi cercada por polêmicas, incluindo uma série de demissões de servidores e exonerações de integrantes da diretoria.
A demissão em massa, segundo funcionários, já estaria sendo articulada há alguns meses. O secretário Waldson Souza admitiu o processo de desligamento de “alguns funcionários” que, segundo ele, “não se enquadram no perfil profissional do novo modelo da direção de Hospital”.
Conforme o Governo, o convênio gera economia para o Estado. Está previsto um repasse mensal de R$ 6,8 milhões para que a Cruz Vermelha realize os trabalhos no Trauma. Seriam R$ 4 milhões a menos do que o Estado gastava. Outra vantagem seria a manutenção garantida de equipamentos e dos prédios durante a vigência do contrato e a implantação de uma ouvidoria direcionada a parentes de pacientes.
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