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POLÍTICA

Secretário de Cultura de Bolsonaro é exonerado após fazer discurso nazista

Roberto Alvim usou palavras de Joseph Goebbels, ministro de Hitler.

Publicado em 17/01/2020 às 12:45 | Atualizado em 17/01/2020 às 16:33


                                        
                                            Secretário de Cultura de Bolsonaro é exonerado após fazer discurso nazista

				
					Secretário de Cultura de Bolsonaro é exonerado após fazer discurso nazista
Fala de Alvim gerou revolta em vários setores (Foto: Reprodução).

O secretário especial de Cultura do Governo Federal, Roberto Alvim, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (17). A demissão vem após ele ter gravado um vídeo com discurso semelhante ao do ministro da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels. A saída de Alvim foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura .

Alvim divulgou na quinta-feira (16) um vídeo para anuciar o Prêmio Nacional das Artes. No discurso lido na gravação, o secretário copiou uma citação de Goebbels. O ministro havia dito que a "arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim disse que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”.

A gravação de Alvim gerou indignação e uma série de reações. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Davi Alcolumbre; e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli; repudiaram as declarações do auxiliar do presidente. Artistas também questionaram e pediram a saída do secretário de Cultura do cargo. Até mesmo o idélogo Olavo de Carvalho, de quem Alvim é seguidor, fez críticas ao discurso nazista.

A Embaixada da Alemanha no Brasil também se posicionou contra Alvim. Nas redes sociais, o órgão divulgou uma nota dizendo se opor a “qualquer tentativa de banalizar ou mesmo glorificar a era do nacional-socialismo”. A embaixada afirma que “o período do nacional-socialismo é o capitulo mais sombrio da história alemã, trouxe soimento infinito à humanidade”.

Ao tentar se explicar, Alvim disse que o discurso nazista tinha sido “coincidência retórica”. "Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com uma frase de um discurso de Goebbles... Não o citei e jamais o faria. Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo. É o que queremos ver na Arte nacional", disse Alvim, concordando com a frase de Goebbels.

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Jhonathan Oliveira

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