POLÍTICA
Secretário diz que 12 mil hectares de irrigação foram abandonados
Obras de irrigação teriam ficado prontas em 2002, mas ao longo de seis anos de abandono máquinas teriam sido depredadas e roubadas, segundo Francisco Jácome.
Publicado em 20/02/2009 às 19:10
Phelipe Caldas
O novo secretário de Infraestrutura do Governo da Paraíba, Francisco Jácome Sarmento, denunciou no início da noite desta sexta-feira (20) que mais de 12 mil hectares de áreas beneficiadas com obras de irrigação, construídas no Governo Maranhão, foram abandonadas pela gestão do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), o que segundo ele provocou grande prejuízo e atraso ao Estado.
Ele diz que após o abandono das áreas, todo o maquinário ficou relegado, “sofrendo com a ruína do tempo e com as ações de vândalos”, que teriam depredado e roubado muitas das máquinas de bombeamentos que existiam nestes locais.
O abandono a que se refere Francisco Jácome teria acontecido nas Várzeas de Sousa (que equivale a cinco mil hectares), na Lagoa do Arroz (que equivale a mil hectares) e aos projetos Piancó 1, 2 e 3 (que juntos a seis mil hectares), que hoje estariam completamente inutilizadas e paradas.
O auxiliar do novo governo maranhista diz ainda que em 2002, quando o governo José Maranhão/Roberto Paulino acabou, uma parte das áreas de irrigação já estavam funcionando e outra parte estava às vésperas da inauguração, faltando apenas poucos detalhes.
Seis anos depois, o cenário narrado por ele é completamente diferente. “Recebemos vários relatos de saques, depredações e roubos, fruto do abandono da área por parte do governo tucano”, denuncia.
Ele promete para o mês de março uma viagem de aproximadamente quinze dias, para que a realidade destes projetos abandonados sejam diagnosticados. Sarmento pretende também avaliar o prejuízo desta deterioração.
A situação seria tão grave que, ainda de acordo com o que declara o secretário de Estado, um dos projetos receberia recursos federais, mas o dinheiro foi bloqueado depois que a situação de abandono foi descoberta. O envio do dinheiro, agora, estaria condicionado à reconstrução dos maquinários.
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