POLÍTICA
Senador Arthur Virgílio quer unificar fuso horário no Brasil
Lei unifica o fuso horário para todo o país e estabelece que a hora legal brasileira seria a hora de Brasília, com três horas de atraso em relação à hora de Greenwich.
Publicado em 24/12/2008 às 16:21
Da Agência Senado
Os transtornos causados pela defasagem de uma hora em relação à Brasília aos estados do Amazonas, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, poderão ser solucionados no próximo ano. Encontra-se tramitando na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde aguarda emendas, projeto de lei (PLS 486/08) de autoria do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) que unifica o fuso horário para todo o país e estabelece que a hora legal brasileira seria a hora de Brasília, com três horas de atraso em relação à hora de Greenwich.
Dentre os transtornos sofridos pelos estados que estão uma hora atrasados em relação ao restante do país, Arthur Virgílio citou o obstáculo à maior integração do espaço econômico nacional; o prejuízo à integração econômica das populações e atividades realizadas na porção mais ocidental da área continental brasileira; a deficiente integração dos centros comerciais e industriais de Manaus, Rio Branco, Cuiabá, Campo Grande, Porto Velho e Boa Vista nos negócios realizados nas praças do Centro-Sul do país; e o enorme descompasso no ritmo vertiginoso de progresso nas comunicações e nos transportes.
"A adoção de fuso horário único ainda mais se justifica ante a unificação e informatização do sistema financeiro, o desenvolvimento dos transportes aéreos e das comunicações via satélite", argumenta o senador na justificação do projeto. A medida, acrescenta, "beneficiará consideravelmente as populações residentes nas regiões orientais do país, levando-as a ter participação plena na vida econômica, política e cultural dos centros desenvolvidos do Sul e do Sudeste". A unificação do fuso horário, entende o senador, "será, portanto, uma das condições indispensáveis para que a sociedade brasileira possa vencer os desníveis econômicos e sociais que ainda dividem o país em regiões ricas e regiões pobres".
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