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POLÍTICA

Senador Clésio Andrade renuncia ao mandato

Oficialmente, o senador alegou problemas de saúde para abrir mão de sua cadeira na Casa.

Publicado em 16/07/2014 às 11:15 | Atualizado em 06/02/2024 às 16:57

Reú do mensalão tucano, o senador Clésio Andrade (PMDB-MG) renunciou na terça-feira (15), ao seu mandato no Senado Federal. Oficialmente, o senador alegou problemas de saúde para abrir mão de sua cadeira na Casa, mas a renúncia abre caminho para que o processo no caso do mensalão de Minas contra o congressista seja encaminhado à 1ª instância da Justiça Federal. Com a renúncia, o suplente Antônio Aureliano Sanches de Mendonça vai assumir sua cadeira no Senado.

Mendonça é filho do ex-vice-presidente da República Aureliano Chaves, que morreu em 2003.

Clésio Andrade era o único réu do mensalão tucano que ainda tinha o processo tramitando no STF. Em fevereiro, o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) também renunciou ao mandato e o STF determinou o envio do processo contra o tucano à 1ª instância. Azeredo é acusado de liderar esquema de desvio de recursos em estatais mineiras para sua campanha à reeleição ao governo do Estado, em 1998.

Prescrição

O envio à Justiça comum pode levar à prescrição das acusações contra os ex-congressistas se houver demora no julgamento, uma vez que os supostos fatos criminosos ocorreram em 1998. Andrade é acusado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro na denúncia que apontou desvios de R$ 3,5 milhões de estatais.

Pelo longo andamento do processo, a Justiça de Minas Gerais já confirmou a prescrição de acusações contra o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, que coordenou a campanha de Azeredo.

Clésio Andrade foi vice-governador de Minas na primeira gestão de Aécio Neves (2003-2006).

Na época da renúncia de Azeredo, os ministros do STF entenderam que o tucano deixava o cargo justamente para que seu processo corresse na 1ª instância, que é mais demorada e oferece mais oportunidades de recorrer de qualquer decisão.

Ao realizar a vontade do mineiro, os ministros do STF debateram a criação de uma regra para evitar que, no futuro, autoridades consigam fazer o mesmo: renunciar para evitar que suas ações sejam julgadas no Supremo. O caso de Clésio Andrade ainda será avaliado.

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Jornal da Paraíba

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