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POLÍTICA

Senadora critica idade mínima igual para homens e mulheres

Grazziotin lamenta que o PMDB vincule a continuidade de programas sociais à aprovação da reforma.  

Publicado em 06/03/2017 às 19:55

A senadora Vanessa Grazziotin criticou nesta segunda-feira (6) a proposta do governo de reforma da Previdência, como a aposentadoria aos 65 anos para todos, mesmo que as mulheres recebam salários menores e tenham de trabalhar também em casa, muitas vezes sem a ajuda do marido ou companheiro.

Ela lembrou que a maioria das mulheres se dedica mais à família do que a sua carreira profissional, o que justifica a necessidade da manutenção de aposentadoria diferenciada para elas.

- É por isso que há essa diferença. Na hora que não houver essa diferença, que a mulher for metade no parlamento, que a mulher ocupar metade dos cargos de direção, seja no setor público ou do setor privado, vamos igualar tudo. Mas enquanto a sociedade não for igual, enquanto a sociedade não tratar a mulher da forma como trata os homens, não se pode tirar esse bônus - afirmou a senadora.

Vanessa Grazziotin lamentou que o PMDB, partido do presidente da República, Michel Temer, em propaganda publicada em sua página na internet, vincule a continuidade de programas sociais, como o Bolsa-Família e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), à aprovação da reforma.

- Isso é um crime, porque, além de ser uma manipulação de informações, é uma forma que utiliza o terrorismo, joga o terror na população, para dizer: ou é isso ou eu vou ficar sem nada - disse a senadora.

A senadora questionou a veracidade da informação de que a seguridade social não pode se sustentar, argumento usado pelo governo para defender as mudanças.

Para mostrar que o sistema não é insustentável, a senadora apresentou dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), que mostram que, em 2015, o país investiu R$ 486 bilhões na seguridade social. No mesmo ano, o país pagou R$ 502 bilhões de juros da dívida pública, disse ela, ao lembrar que o mesmo estudo revela desonerações fiscais em torno de R$ 280 bilhões e sonegação fiscal de cerca de R$ 450 bilhões ao ano.

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Jornal da Paraíba

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