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POLÍTICA

Servidor da Conab mostra laudo atestando validade de feijão

Walter Bastos de Moura apresentou um laudo comprovando que as oito toneladas de feijão descartadas pela Prefeitura estavam dentro do prazo de validade. Documento contraria versão do governador.

Publicado em 15/08/2011 às 16:40

Da Redação

Em entrevista ao programa Polêmica Paraíba, nesta segunda-feira (15), o funcionário da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Walter de Bastos Moura, apresentou um laudo comprovando que o feijão que foi descartado pela Prefeitura de João Pessoa, em 2008, estava dentro do prazo de validade. A denúncia foi veiculada na edição desta semana da revista Veja e associa o governador Ricardo Coutinho (PSB) a acusações contra o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

O documento apresentado por Walter vai de encontro a versão que foi apresentada por Ricardo Coutinho para o fato. Segundo o governador, oito toneladas de feijão que deveriam ser distribuídas para a população carente foram descartadas porque estavam fora do prazo de validade.

“O feijão não deveria ter sido jogado no lixo porque estava bom para alimentação”, disse Walter na Paraíba FM. O funcionário também apresentou um outro documento mostrando que pacotes de feijão do mesmo lote foram distribuídos em outras cidades.

Veja documentos apresentados

De acordo com a matéria da Veja a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), doou 100 toneladas de feijão para a prefeitura de João Pessoa, então comandada por Ricardo Coutinho.

Segundo a revista, o feijão deveria ser distribuído entre famílias de baixa renda, mas como havia uma eleição municipal em 2008, o prefeito decidiu guardar parte do estoque. Funcionário da Conab há 25 anos, Walter Bastos de Moura descobriu a irregularidade e a denunciou diretamente a Wagner Rossi, em abril de 2008. Rossi prometeu tomar providências.

Ainda de acordo com a Veja, as providências prometidas nunca havia chagado e o funcionário passou a monitorar a mercadoria estocada. Em setembro, a poucos dias eleição, ele recebeu a informação de que o feijão seria enfim distribuído e acionou a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. Para evitar o flagrante, Bastos contou à revista que a prefeitura despejou as oito toneladas de feijão no aterro sanitário de João Pessoa.

Imagem

Jornal da Paraíba

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