POLÍTICA
Servidores da Educação de JP ocupam Câmara para cobrar reajuste salarial
Categoria quer que vereadores façam intervenção no diálogo com a prefeitura para evitar a greve, marcada para começar segunda (4).
Publicado em 30/03/2016 às 11:07
Profissionais da Educação de João Pessoa ocuparam as galerias da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (30). A categoria decidiu na terça-feira (29) paralisar as atividades durante esta semana e deve entrar em greve na próxima segunda-feira (4), caso não tenha as reivindicações atendidas pela prefeitura da capital. Os servidores fizeram um ato para pedir a intervenção dos vereadores na negociação com o prefeito Luciano Cartaxo.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem-JP), Daniel de Assis, afirmou que a categoria cobra um reajuste salarial de 11,36%. No entanto, a prefeitura apresentou uma proposta de 5,40% para cerca de 500 trabalhadores, como recomposição do piso nacional, e 0% para 8.500 funcionários.
“Estamos aqui para pedir apoio aos vereadores para se descobrir onde está sendo investido o dinheiro da Educação de João Pessoa. Esperamos que o prefeito nos receba até sexta-feira e dê uma proposta decente, não acontecendo isso deflagramos greve por tempo indeterminado na segunda-feira”, afirmou Assis. Com o movimento dos servidores da Educação, mais de 65 mil alunos de João Pessoa estão sem aula
A secretária de Educação de João Pessoa, Edilma Ferreira, disse ao JORNAL DA PARAÍBA que não existe possibilidade conceder reajuste para todos os servidores em 2016. “Este ano, como consequência da crise econômica, teremos que priorizar a garantia do piso nacional para toda a categoria”, disse. Edilma acrescentou que os ganhos salariais nos últimos três anos são na ordem de 28,93%, percentual superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 24,73% no período. “É preciso também lembrar que os professores têm recebido uma remuneração extra todos os anos. Já são mais de R$ 30 milhões investidos no 14° salário”, afirmou.
Uma audiência pública vai discutir a situação da Educação na Câmara Municipal, na manhã da próxima sexta-feira (1º). No mesmo dia, à tarde, uma outra audiência vai debater a questão da Saúde. Inclusive, médicos do município, que também estão com atividades paradas, acompanharam o ato da Educação nesta quarta-feira.
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