POLÍTICA
Servidores da Saúde de João Pessoa protestam na Câmara Municipal
Após discussão, vereadores aprovaram requerimento para realização de uma audiência pública que vai discutir a situação da categoria
Publicado em 23/03/2016 às 11:04
Servidores da Saúde de João Pessoa fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (23) na Câmara Municipal. A categoria foi pedir aos vereadores que eles intermediassem a negociação salarial com a Secretaria de Saúde e o prefeito Luciano Cartaxo (PSD). Após uma discussão entre os parlamentares, acabou sendo aprovado um requerimento da bancada de oposição para discutir a situação dos servidores, na sexta-feira (1º).
Os profissionais cobram o pagamento da Gratificação de Desempenho de Produção (GDP) durante as férias, o vencimento base (salário mínimo) - que não vem sendo recebido -, e o pagamento de retroativos referentes de janeiro a março. “A principal reivindicação é o pagamento da gratificação do GDP a todos os profisionais de sáude, e que essa gratificação seja incorporada aos salários, como já existe um projeto na Câmara, beneficiando só os médicos”, afirmou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Saúde (Sindsaúde), Wanda Celi.
De acordo com Wanda, na segunda-feira (21) houve uma reunião com o secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, onde ele se comprometeu com os servidores, mas não assinou a ata da assembleia confirmando o compromisso. “Estamos pedindo a interferência, a mediação do legislativo, para que os vereadores marquem uma reunião do Sindsaúde com o prefeito, não aceitamos mas nenhuma negociação com o secretário”, pontuou Wanda.
Com a cobrança dos servidores, a bancada de oposição apresentou um requerimento, assinado pelos vereadores Raoni Mendes (DEM) e Lucas de Brito (PSL), para que fosse realizada uma audiência pública com Fulgêncio na segunda-feira (28), mas os governistas se colocaram contra a data, alegando que o secretário não poderia participar no dia. “Que venha outro secretário. Não vejo porque nós continuarmos empurrando a situação com a barriga”, contestou Raoni.
Os vereadores justificaram o pedido de urgência para a audiência ressaltando que o calendário eleitoral proíbe reajustes salariais a partir da primeira semana de abril até a posse dos eleitos. De forma que se a discussão demorasse, ela poderia não surtir nenhum efeito este ano mais.
Membro da bancada governista, o vereador Benilton Lucena (PSD) disse que a legislação eleitoral não seria empecilho , pois ela permite a recomposição da inflação. “ A inflação foi de 10,5%. Tenho certeza que não é esse percentual que está sendo discutido com a categoria. Nós temos prazo. Não temos nenhum problema em trazer o secretário. A presença do secretário de Saúde é importante e isso pode ser resolvido na audiência”, disse
Após debate, os vereadores dos dois blocos entraram em acordo e aprovaram a realização da audiência para 1º de abril.
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