POLÍTICA
Sessão da Câmara confirma que abril é destaque na cena política
O JORNAL DA PARAÍBA relembra momentos decisivos da história recente do Brasil, todos ocorridos no mês de abril.
Publicado em 24/04/2016 às 7:00
No último domingo (17), 367 deputados federais disseram sim, enquanto 137 disseram não, à autorização para ter prosseguimento no Senado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Mais um acontecimento a confirmar que, nas últimas décadas, o mês de abril tem deixado marcas profundas na cena política brasileira. O JORNAL DA PARAÍBA relembra quatro desses fatos históricos de abril:
1º de abril de 1964
Menos de três semanas depois do comício da Central do Brasil, no qual anunciou as reformas de base, o presidente João Goulart foi deposto por um golpe militar que iniciou um período de 21 anos de governos de exceção. “Caiu como um castelo de cartas”, disse o general Muricy, um dos conspiradores. Com o presidente refugiado no Rio Grande do Sul, o senador Auro de Moura Andrade comandou a sessão do Congresso que decidiu pela vacância do cargo.
13 de abril de 1977
O presidente Ernesto Geisel, o penúltimo do ciclo militar iniciado em 1964, editou o conjunto de medidas que ficou conhecido como pacote de abril. O Congresso foi fechado, o mandato presidencial passou de cinco para seis anos, as eleições indiretas foram mantidas e surgiu a figura do senador biônico, que preencheria um terço do Senado. A despeito das medidas autoritárias que
tomou, coube a Geisel o início do processo que levaria a ditadura ao fim.
25 de abril de 1984
Depois dos comícios que, comandados pelas lideranças oposicionistas, levaram multidões às ruas, a Câmara dos Deputados se reuniu para votar a emenda Dante de Oliveira, que propunha o restabelecimento das eleições diretas para
presidente da república. Numa cidade sitiada, com as operações de segurança entregues à truculência do general Newton Cruz, a oposição não obteve os votos suficientes para tornar real o sonho das diretas já.
21 de abril de 1985
No final da noite de um domingo, feriado de Tiradentes, veio a notícia que o Brasil não queria ouvir: depois de uma agonia que se estendeu por quase 40 dias, o presidente Tancredo Neves estava morto. O primeiro civil eleito (ainda que pela via indireta) após o golpe de 1964 não faria a transição rumo às eleições diretas e à democracia plena. Por cinco anos, o Brasil seria governado pelo vice, José Sarney. A Nova República começava sem seu principal artífice.
Comentários