POLÍTICA
Sindicalistas e professores protestam contra reforma da previdência na PB
Manifestantes dizem que vão 'aterrorizar' os deputados federais e senadores paraibanos para que votem contra PEC.
Publicado em 05/12/2017 às 20:22
Sindicalistas foram às ruas nesta terça-feira (5) contra a reforma da previdência na Paraíba. As maiores manifestações ocorrerem em Campina Grande e João Pessoa. Na Rainha da Borborema, a Praça da Bandeira, no centro, foi palco do protesto contra previdência cuja Proposta de Emenda Constitucional (PEC) vai ser votada na próxima semana, na Câmara dos Deputados.
Participaram da mobilização os professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal de Campina Grande, Instituto Federal da Paraíba, campus de Campina Grande, e os professores da rede municipal de ensino. Eles prometem aterrorizar os deputados federais e senadores da Paraíba para que votem contra a PEC.
“Essa reforma da previdência não vai passar. E os deputados federais e senadores paraibanos que votarem a favor da reforma da previdência vão ser denunciados. Nós vamos percorrer todos os municípios do Estado para dizer quem foi o deputado, o senador que votou para impedir que os trabalhadores paraibanos se aposentem”, avisou o presidente da ADUEPB, Nelson Júnior, que defendeu também o “Fora Temer”.
Para o diretor do Sintep, Sizenando Leal, é preciso não somente lutar pelo “Foram Temer”, mas também pressionar a bancada da Paraíba no Congresso. “Vamos aterrorizar estes deputados federais e senadores para que votem contra esta reforma, que prevê o massacre dos trabalhadores brasileiros”, atiçou Sizenando.
Por direitos
Por sua vez, o professor do IFPB e diretor da Central Sindical Conlutas Davi Lobão disse que o “ Congresso Nacional está ameaçando aprovar esta reforma, que é muito nefasta aos nossos interesses, pois vai tirar o direito do trabalhador se aposentar”. Para ele, é necessário que as entidades fiquem vigilantes para evitar a aprovação na próxima semana da reforma e pressionem também os parlamentares paraibanos.
No protesto, fizeram pronunciamentos os dirigentes da ADUFCG e do Sintab. Nazito Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Agreste da Borborema, convocou a todos para sair às ruas contra a reforma. Para o coordenador de Comunicação do sindicato, Napoleão Maracajá, em que pesem todas as pressões que os trabalhadores sofrem para não exercer o direito de se manifestar, o movimento teve força e mostrou que a população não desistiu de lutar contra a aprovação da Reforma. “Esta pauta fere de morte o povo brasileiro e a gente não entendeu o recuo de algumas centrais, levando em consideração que o governo tem urgência em realizar a votação, por isso mantivemos a concentração”, comentou.
João Pessoa
Em João Pessoa, também houve protesto. Dando continuidade ao processo de contraofensiva à Reforma da Previdência, nesta terça-feira (5), Dia Nacional de Mobilização, a CUT-PB, a Frente Brasil Popular e diversas outras centrais sindicais, juntamente com Sindicatos e Federações realizaram um protesto em frente ao prédio do INSS, em João Pessoa para denunciar a PEC 287, da Reforma da Previdência, que trata de mudanças de regras que vão acabar com o acesso à aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
"A melhor resposta que a classe trabalhadora pode dar é mostrar e denunciar o desmonte da previdência nas ruas e em todos os demais locais para alertar à população sobre os reais interesses da pressa que o governo golpista tem em colocar para votação, ainda este ano, a contrarreforma da Previdência, que vai diminuir os valores das aposentadorias e os valores pagos aos pensionistas, aumentando o tempo de contribuição e dificultando o acesso à aposentadoria. No entanto, essa PEC 287 não fala em mudar as regalias dos políticos e empresários que se aposentaram no Brasil com salários exorbitantes", enfatizou o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo.
Campanha
Ainda durante o ato, sindicalistas e militantes de movimentos sociais fizeram um escracho com as fotos dos deputados e senadores paraibanos com o lema “se botar para votar, o país vai parar”, para pressioná-los a votar contra o desmonte da previdência, que quer dificultar o acesso as aposentadorias, enquanto anistia os grandes devedores, principalmente os bancos.
Nas vozes das ruas e das redes com a hashtag #NãoMexaNaAposentadoria, as manifestações espalhadas por todo o país deixaram um recado bem claro aos deputados e deputadas: “Quem votar, não volta”, se referindo as eleições de 2018, ano em que muitos deputados tentarão a reeleição.
Comentários