POLÍTICA
STF nega quebra de sigilo telefônico de Temer, mas mantém de ministros
Inquérito da Polícia Federal apura suposta propina de R$ 10 milhões combinada em jantar no Palácio do Jaburu.
Publicado em 07/06/2018 às 18:56
Decisão monocrática do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (7) o pedido da Polícia Federal (PF) para quebrar o sigilo telefônico do presidente da República, Michel Temer (MDB), referente ao ano de 2014. Todavia, ele autorizou a medida para os ministros Eliseu Padilha (MDB), da Casa Civil, e Moreira Franco (MDB), de Minas e Energia.
Na quarta-feira (6), a Polícia Federal solicitou ao STF a quebra do sigilo telefônico dos emedebistas nessa quarta (6). A decisão foi tomada no inquérito que apura suposta propina de R$ 10 milhões combinada em jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, segundo delação da Odebrecht. Os policiais federais buscam rastrear eventuais telefonemas feitos entre Temer, Moreira e Padilha em datas próximas das entregas de dinheiro em espécie relatadas pelos delatores da empreiteira.
A PF investiga os repasses de propinas feitos, de acordo com os delatores da Odebrecht, para campanhas eleitorais do MDB em troca de favorecimento à empresa em contratos com órgãos públicos, entre eles, a Secretária de Aviação Civil da Presidência da República. Eliseu Padilha e Moreira Franco comandaram a pasta entre 2013 e 2015, no governo Dilma Rousseff (PT). Os ministros, juntamente com o presidente Temer, são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro.
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