Temas polêmicos em discussão entre os candidatos

O casamento homoafetivo parece ser um assunto superado pelos candidatos ao governo do Estado. De uma lista de temas polêmicos propostos pelo JORNAL DA PARAÍBA, os candidatos foram quase unânimes em favor do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A exceção é Major Fábio (Pros) que, embora não seja favorável ao casamento, entende que o Estado deverá cumprir a legislação vigente de união civil. Outros temas, como a descriminalização do aborto e da maconha, privatizações e terceirizações de serviços públicos e pagamento da dívida pública ainda dividem os candidatos.

Os candidatos do PSB, PSTU e PSOL não só defendem o casamento homoafetivo, como propõem em seus planos de governo políticas voltadas para a população LGBT. Para Antonio Radical (PSTU), posicionar-se contra o casamento de duas pessoas apenas por serem do mesmo sexo parece algo não apenas fora de sentido, “como a expressão do mais alto grau de desrespeito às pessoas”. O governador Ricardo Coutinho (PSB) ressalta que o preconceito é crime e atenta contra os direitos das pessoas e a liberdade humana. “Assim como é o entendimento do STF, entendo que as relações entre pessoas do mesmo gênero devem ser respeitadas”, afirma.

Tárcio Teixeira (PSOL) defende todos os formatos de família e ressalta que o amor precisa prevalecer sobre o preconceito. O senador Vital do Rêgo (PMDB) também acredita que qualquer relação humana deve ser respeitada. “Tenho a convicção que as pessoas são feitas para estarem juntas, formando uma família. Eu respeito todas as tendências afetivas e acho que elas merecem o respaldo legal”, disse Vital. Já o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) afirma que, embora seja cristão e respeite a posição da Igreja, acredita que é preciso reconhecer os direitos civis. “Não se pode privar uma pessoa de seus direitos civis por conta de sua opção sexual. O casamento civil é um direito adquirido”, afirmou.

-Privatização e terceirização dos serviços

-Candidatos divergem sobre aborto e maconha

-Financiamento público de campanha

-Incentivos fiscais dividem opiniões